Introdução: Atualmente, o Brasil encontra-se em um contexto de intensa mercantilização do setor da saúde o que vem ditando novos rumos no mercado de trabalho do enfermeiro. O Empreendedorismo na Enfermagem representa a busca de novas oportunidades, através de atividades não exploradas, obtenção de melhores remunerações e soluções estratégicas, buscando resolutividade para os desafios enfrentados na profissão e, consequentemente, contribuição para o campo da enfermagem. Objetivos: Identificar, com base na literatura, o papel do enfermeiro no contexto do empreendedorismo. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através de buscas nas bases de dados LILACS, BDENF, SciELO, MEDLINE e PUBMED. Utilizaram-se os descritores em saúde segundo o DECS: “Empreendedorismo”; “Empreendedor” AND “Enfermeiro”. Foram incluídos na pesquisa artigos publicados nos últimos 5 anos, completos disponíveis na íntegra e publicados no idioma português e inglês. Foram excluídos artigos duplicados, teses e dissertações. A amostra foi produzida por meio de 13 estudos, que antigiram os critérios de inclusão. Resultados e discussão: A partir da revisão, foi possível observar que o empreendedorismo vem ao longo dos anos tornando-se uma nova modalidade do exercício profissional da Enfermagem. No entanto, a consolidação desse novo modelo de cuidado e/ou educação vem enfrentando constantes desafios que envolvem desde o acúmulo de funções, baixo conhecimento acerca da legislação, dificuldade financeira até o obscurantismo da população sobre a possibilidade de trabalho autônomo por parte da enfermagem. Estudos apontam que 83,5% dos estudantes de Enfermagem do Brasil não possuem tendência empreendedora e, quando comparados a estudantes de outras áreas da saúde, representam um pequeno número de empreendedores. Considerações finais: É notável a fragilidade e falta de incentivo ao empreendedorismo durante e após a graduação, o que representa um impasse na formação dos futuros profissionais e gera falta de perspectiva no mercado de trabalho para os formados, limitando sua atuação apenas à atenção básica ou hospitalar. Desse modo, é necessário que cada vez mais esses profissionais sejam estimulados a desenvolver ou formentar o empreendorismo, a fim de aumentar a presença da Enfermagem nesse nicho e aumentar o quantitativo de profissionais autônomos.