Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
SÉRIES TEMPORAIS DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA NO BRASIL
Relatoria:
CAMILA MORAES GAROLLO PIRAN
Autores:
- Alana Vitória Escritori Cargnin
- Mariana Martire Mori
- Leslie Villarroel Yáñez
- Maria de Fátima Garcia Lopes Merino
- Marcela Demitto Furtado
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A gravidez durante o período da adolescência tem apresentado uma redução desigual entre os países e suas regiões. Esse fato pode estar associado às condições socioeconômicas baixas e a dificuldade de implementar e manter as estratégias para controle da gravidez entre 10 e 19 anos. Objetivo: Analisar as séries temporais de gravidez durante a adolescência no Brasil e regiões. Método: Estudo ecológico de séries temporais, com abordagem quantitativa, realizado a partir dos registros de nascimentos de bebês de mães adolescentes residentes no Brasil, entre 2011 e 2021, disponíveis no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. As taxas de gravidez na adolescência foram calculadas pela razão entre adolescentes grávidas e o número total de meninas na fase da adolescência, segundo ano e local, multiplicado por 1.000. As séries foram suavizadas por meio de média móvel de três pontos. Por se tratar de dados secundários o estudo dispensa apreciação ética. Resultados: Participaram do estudo 5.395.267 adolescentes grávidas. Ao analisarmos as séries temporais do Brasil de acordo com faixa etária de 10 a 19 anos, nota-se um aumento no início do estudo com posterior decréscimo ao final, com pico elevado entre 2013 e 2015, sendo 16,6 a cada 1.000 adolescentes. Na faixa etária de 10 a 14 anos, a taxa foi de 1,7 entre 2012 e 2015, chegando em 2021 com taxa de 1,2. Já as adolescentes de 15 a 19 anos, apresentaram taxa de 30,9 em 2011 e 22,4 em 2021. Na série temporal por regiões brasileiras, a Região Norte obteve taxas mais elevadas quando comparadas as outras regiões, entretanto, em 2011 apresentou taxa de 23,9 com decréscimo ao longo dos anos com taxa de 19,5 em 2021. A Região Nordeste, manteve taxas maiores entre 2011 e 2016, sendo 18,0 e 17,2 respectivamente. Já Região Centro-Oeste, obteve taxas de elevação entre 2011 com 16,9 e 2015 com 17,1. Na Região Sudeste nota-se taxas maiores em 2013 e 2014, correspondendo a 14,2 para ambos os anos. As taxas da Região Sul, se mantiveram elevadas entre 2012 e 2015, variando entre 14,2 e 14,0. Conclusão: Apesar da tendência de redução da gestação durante a adolescência no Brasil, percebe-se as disparidades regionais com taxas mais elevadas no Norte e Nordeste. Estudos como esse podem auxiliar gestores e profissionais de saúde na elaboração de estratégias que visam à prevenção da gravidez durante a adolescência, levando em consideração a realidade de cada região.