Introdução: A deficiência auditiva, popularmente conhecida como surdez, é definida como a impossibilidade ou dificuldade de ouvir unilateral ou bilateralmente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, no Brasil, o número de surdos ultrapassa os dez milhões de indivíduos, representando 5% da população nacional. Ainda assim, essa classe constantemente enfrenta desafios para acessar serviços rotineiros, como os cuidados em saúde. Em vista disso, verifica-se que a Língua de Sinais é um recurso de comunicação imprescindível para prática de ações em saúde, uma vez que a assistência de enfermagem, por exemplo, ocorre principalmente com base na comunicação que deve ser estabelecida entre o profissional e o paciente. Nessa conjuntura, cabe ao enfermeiro proporcionar cuidados de saúde para todos usuários de serviços de saúde. Objetivo: Sintetizar evidências científicas sobre a importância da língua de sinais na assistência de enfermagem. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em junho de 2023, cujos dados foram coletados nos Bancos de Dados Fiocruz, UFBA, Scielo e websites oficiais do Ministério da Saúde do Brasil. Utilizou-se os seguintes descritores: Língua de sinais, enfermagem e acesso efetivo aos serviços de saúde. Os critérios de inclusão foram idioma português, não ser revisão de literatura e ter sido publicado nos últimos 5 anos. Dos artigos científicos identificados, dez se encontravam dentro dos critérios de inclusão, e foram utilizados para compor a amostra final da revisão. Resultados: Verificou-se que as pessoas que possuem deficiência auditiva constantemente enfrentam barreiras ao buscar algum serviço de saúde, tendo que recorrer a acompanhantes para lhe auxiliarem em sua comunicação ou utilizar da escrita. Para além da dificuldade de comunicação, os portadores de deficiência auditiva também lidam com a vergonha de buscar o serviço e não serem compreendidos, fato este que os fazem não buscar a assistência de saúde. Considerações finais: Pode-se, por meio deste estudo, compreender as dificuldades vivenciadas por portadores de deficiência auditiva ao buscarem o atendimento de saúde, a partir disso fica evidente que medidas precisam ser tomadas para sanar tal situação, como: inclusão da disciplina de LIBRAS como componente curricular obrigatório na grade curricular de profissionais da saúde, principalmente de enfermeiros, já que estes rotineiramente estão em maior contato com os pacientes.