Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS NOTIFICADOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO NORDESTE NO PERÍODO DE 2020 A 2022
Relatoria:
Ana Barbara Conceição Pereira
Autores:
- Tamara da Silva Sousa
- Taila da Silva Sousa
- Phablo Venício de Oliveira Vieira
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa com evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Com alta taxa de incidência no Brasil, a patologia ocupa o segundo lugar no ranking mundial com maior número de casos notificados. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase na Região Nordeste no período de 2020 a 2022. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico com abordagem quantitativa, com base nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A pesquisa teve como cenário o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), considerando todos os casos notificados de hanseníase na região nordeste no período de 2020 a 2022. A coleta foi realizada por meio do programa TabWin 32, agregando informações sobre o desfecho da pesquisa através das variáveis: região de notificação, sexo, faixa etária, escolaridade e raça/cor. Para a analise, os dados obtidos foram organizados no programa Microsoft Excel®. RESULTRADOS: Observou-se que no Brasil, de um total de 74.219 casos de hanseníase, 32.132 ocorreram na Região Nordeste durante o período analisado. Dentre as notificações, constatou-se um maior número de casos no estado do Maranhão, com 25,32% (n=8.309). Considerando a variável sexo, predominou-se o sexo masculino, representando 58,27% (n=18.726). Entre a faixa etária o maior índice se deu entre 40 a 49 anos, totalizando 19,18% (n=6.166), antecedido pela faixa de 50 a 59 anos, com 19,17% (n=6.162). Ao grau de escolaridade, verificou-se predominância nos casos classificados como ign/branco, correspondendo a 28,88% (n=9.282), seguido pela 1°a 4° série incompleta do Ensino Fundamental com 16,76% (n=5.387). Quanto a raça/cor, houve incidência entre pessoas pardas, com 65,38% (n=21.011), seguido por pessoas brancas, 14,51% (n=4.663) e pessoas pretas, 13,80% (n=4.436). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos resultados apresentados, nota-se a necessidade de medidas envolvendo a Vigilância Epidemiológica, a fim de minimizar o número crescente de casos com a descentralização das ações de controle da hanseníase e a capacitação de profissionais para possibilitar diagnóstico e tratamentos precoces para a população.