Introdução: A pandemia da COVID-19, caracterizada como desafio de saúde pública exigiu a implementação de uma abordagem coordenada, entre as quais se destaca a imunização em larga escala. A vacinação é considerada o principal método de prevenção de doenças e uma das medidas de saúde pública mais eficiente, em que os/as enfermeiros/as possuem papel importante na gestão das imunizações e ações educativas com a população. Objetivo: Conhecer o panorama de imunização contra COVID-19 na população matogrossense, de acordo com faixa-etária e sexo. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa, com fonte de dados secundários. A coleta de dados foi realizada por meio de uma plataforma disponibilizada pelo Ministério da Saúde denominada Vacinômetro COVID-19, com dados de 17/01/2021 à 15/06/2023. Os dados foram tabulados em planilha Excel e realizado análise descritiva. Por se tratar de coleta de dados secundários e de domínio público, o projeto matricial não necessitou de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Na população adulta feminina, o número total de doses administradas foi de 3.182.722, sendo um total de 1.940.087 (60,95%) adultas entre 18 e 59 anos que concluíram o esquema vacinal, enquanto apenas 394.661 (12,40%) adultas com 60 anos ou mais completaram o esquema, representando 73,35% da vacinação total. Na população masculina, alcançou-se o total de 3.013.846 doses administradas, sendo 1.897.351 (62,96%) entre adultos de 18 a 59 anos que realizaram o esquema completo de vacinação, enquanto apenas 392.361 (13,01%) pessoas com idade igual ou superior a 60 anos completaram o esquema, compreendendo 75,97% da vacinação total. Referente à adesão ao reforço vacinal, em ambos os sexos, houve redução na faixa de idosos imunizados, os dados apontam que apenas 453,492 doses (44,17%) foram aplicadas nessa população. Considerações finais: Observou-se diminuição da vacinação na segunda etapa contra a COVID-19 entre os usuários do sexo masculino e feminino acima de 60 anos, bem como, maior adesão do esquema vacinal por indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 59 anos. Diante disso, faz-se necessário estudos e ações que atenuem a hesitação vacinal para que permaneça o cenário de contingência da transmissibilidade da doença e a prevenção de outras epidemias. Portanto, cabe aos profissionais de enfermagem, a busca ativa da população não imunizada e /ou com esquema vacinal incompleto.