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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
INSERÇÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS COM CONDIÇÃO CRÔNICA
Relatoria:
Maria Izabel de Freitas Macêdo
Autores:
  • Eliane Rolim de Holanda
  • Nycolle Santana dos Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A hospitalização de crianças com doenças crônicas altera a rotina da convivência escolar, em virtude das frequentes ou prolongadas internações, trazendo impactos comprometedores ao desenvolvimento infantil. O direito à educação da criança hospitalizada possui respaldo legal em vários documentos, e, mais recentemente, a Lei 13.716/2018 assegura o atendimento educacional da criança internada para tratamento de saúde em regime hospitalar. Objetivo: Investigar a inserção escolar de crianças hospitalizadas com condição crônica em um hospital universitário. Metodologia: Estudo quantitativo e transversal, desenvolvido com 55 responsáveis de crianças hospitalizadas na faixa etária escolar de um hospital universitário federal. A coleta dos dados, obtidos por entrevista, consistiu em formulário com as variáveis do estudo e aplicação da versão traduzida do Questionnaire for Identifying Children With Chronic Conditions-Revised. Empregou-se análise descritiva e bivariada, considerando-se condição crônica como variável desfecho. Houve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, segundo Parecer nº 5.839.495. Resultados: Identificou-se prevalência de 58,2% (32 crianças) com doença crônica. Destas, 21,9% (p-valor=0,277) tiveram reprovação escolar; 80,6% eram de escola pública; 65,6% vivenciaram internações anteriores e 83,9% nunca receberam da escola orientações. Com relação ao cenário hospitalar, 65,6% dos responsáveis apontaram que não dispõe de atividades que oportunizem a continuidade escolar e 93,5% reconhecem que o acompanhamento pedagógico-educacional hospitalar poderia contribuir na recuperação e autoestima da criança. Durante a internação, 61,3% dos responsáveis buscaram se informar na escola sobre as aulas desenvolvidas e 75% das crianças cronicamente enfermas permanecem mais de 3 horas/dia de tempo de tela no celular. Considerações finais: A expansão ou melhoria das classes hospitalares em nosso País pode promover oportunidades de aprendizado para as crianças, ajudando-as na reintegração à escola após a alta e na redução dos eventos negativos decorrentes da hospitalização (ansiedade, medo, isolamento, distúrbios emocionais), possibilitando a oferta de uma assistência integral e pautada nas prerrogativas prescritas na legislação. A equipe de Enfermagem compete atuar como facilitadora na interface entre ações pedagógicas com o cuidado assistencial, a todas as crianças que têm o processo de desenvolvimento permeado por internações recorrentes.