Os mapas de conversação são estratégias ativas de ensino aprendizagem que estimulam as crianças, os adolescentes e familiares a compartilharem experiências na perspectiva de alcançar melhorias na qualidade de vida e controle da Diabetes Mellitus (DM). Sendo assim, tem como objetivo descrever as experiências da utilização de mapas de conversação em rodas de conversa com crianças e adolescentes com DM tipo 1. Assim, trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, que ocorreu em um hospital universitário do alto sertão paraibano. Nesse período foram realizados encontros quinzenais durante três meses com crianças e adolescentes diabéticos e seus familiares. Os Mapas de Conversação são ferramentas visuais, na forma de figuras coloridas que representam situações da vida de pessoas com diabetes, permitindo o empoderamento do paciente, com intuito de garantir o autocuidado, controle e prevenção da diabetes. As situações abordadas nos mapas utilizados foram: funcionamento do corpo humano sem alterações e o organismo portador do DM; alimentação saudável e atividade física; tratamento; complicações relacionadas ao enfrentamento ineficaz da doença e as ações que podem ajudar na prevenção do desenvolvimento de tais complicações. Por meio da discussão desses mapas, o portador de DM é capaz de identificar suas próprias necessidades, estabelecer prioridades e planejar estratégias eficazes para alcançar seus objetivos de saúde. Desse modo, observou-se que os participantes entenderam melhor como ocorre a regulação da glicose no corpo humano. Além disso, percebeu-se o entusiasmo com essa ferramenta que chamou a atenção, pelo seu caráter lúdico e inovador. Dessa forma, a ferramenta representou um importante meio de promoção de diálogo de escuta qualificada, uma vez que, ao demonstrar situações cotidianas, a ferramenta encorajou os membros do grupo a exporem suas crenças e expectativas em relação à doença. Assim, o enfermeiro desempenha um papel fundamental na condução de processos educativos, ao utilizar os mapas de conversação foi possível fortalecer a capacidade do indivíduo para autocuidado, encorajando-o a tomar decisões informadas sobre sua saúde.