Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
TIPOLOGIA DOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO PIAUÍ, 2017-2021
Relatoria:
Marcia Andreia da Conceição de Jesus
Autores:
- Natasha Hêmilly Sousa Santos
- Débora dos Santos Baião
- Larissa Barbosa Vieira
- Clara Beatriz Matos Vieira
- Adriene da Fonseca Rocha
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência contra a mulher é definida como qualquer ação baseada no gênero que provoque prejuízos físicos, sociais, espirituais e ou psicológicos. Esse tipo de violação ainda é pouco visível na sociedade, contudo é muito frequente e constitui grave problema de saúde pública, haja vista os danos decorrentes de tais atos. A Lei Maria da Penha nº 11.340, cap. II, art. 7, destaca cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Objetivo: Verificar a tipologia dos casos de violência contra a mulher no Piauí durante o período de 2017 a 2021. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo-exploratório, retrospectivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado com as notificações de violência contra mulheres com mais de 20 anos disponibilizadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram coletados em 2023, porém referem-se às notificações registradas no período de 2017 a 2021. As variáveis utilizadas foram: sexo feminino, faixa etária > 20 anos, tipo de violência (física, psicológica/moral, financeira/econômica e sexual). Resultados: Foram notificados 5.729 casos de violência contra mulheres. Verificou-se predominância da violência física (68,39%), seguida pela violência psicológica/moral (22,62%); violência sexual (8,01%) e violência financeira/economia (0,98%). Em relação ao quantitativo de casos registrados por ano, observou-se: 2017 (1.323); 2018 (1.209); 2019 (1454); 2020 (998); 2021 (745). Considerações finais: A preponderância da violência física nas notificações de violência contra a mulher causa preocupação, uma vez que esse tipo de agravo impacta substancialmente a saúde física e mental da mulher. Os achados corroboram que a violência contra a mulher é um problema de saúde pública e a notificação possibilita maior visibilidade da sua dimensão, sendo necessário o fortalecimento dos sistemas de notificação e a construção de políticas públicas destinadas ao enfrentamento desse agravo. Portanto, é imprescindível fortalecimento dos sistemas de notificação e a elaboração de políticas públicas direcionadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.