Introdução: O autocuidado tem por definição, ações que permitem ao indivíduo manter a sua saúde e seu bem-estar, responder constantemente às suas necessidades para sustentar a vida, curar doenças ou lesões e lidar com complicações. Nesse contexto, merecem destaque as ferramentas tecnológicas em saúde, caracterizadas como meios educacionais que podem ser aplicadas para auxiliar o indivíduo no manejo da sua saúde. Tais recursos tecnológicos e inovadores podem ser utilizados pela equipe multiprofissional como uma estratégia para incentivar o cuidado e potencializar atividades educativas destinadas ao autocuidado das pessoas com doenças crônicas, cujo tratamento demanda mudanças no estilo de vida. Objetivo: Identificar e analisar nas publicações científicas a utilização de tecnologias educativas no autocuidado de pessoas com doenças crônicas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados SciELO, PubMed, LILACS e BDENF, a partir dos descritores: autocuidado; doença crônica e tecnologia educacional. Utilizou-se como critérios de inclusão, estudos publicados na íntegra, período de 2013 a 2023 nos idiomas inglês, português ou espanhol. Exclui-se teses, dissertações e estudos duplicados. Foram selecionados 12 artigos que atenderam aos critérios do estudo. Resultados: As tecnologias educativas como aplicativos móveis, softwares com determinada função específica, vídeos educativos, manuais, cartilhas, mostraram-se ferramentas importantes e eficazes na promoção do autocuidado quando utilizadas por indivíduos acometidos por doenças crônicas, possibilitando maior clareza quanto aos sinais e sintomas, manejo das complicações, adesão ao tratamento e autonomia no processo do cuidado. Além disso, faz-se essencial o uso dessas tecnologias como ferramenta para educação em saúde pelo profissional de enfermagem, a fim de estimular o usuário a cuidar-se. Considerações finais: As tecnologias educativas como estratégias para a promoção do autocuidado são importantes, principalmente por propiciar a autonomia e fortalecer a autogestão em saúde. Logo, almeja-se que, de acordo com a evolução dessas ferramentas e do incentivo da aplicabilidade das mesmas na prática profissional, os pacientes que possuam doenças crônicas encontrem motivação e conhecimentos suficientes para a realização do seu autocuidado cotidianamente.