Introdução: A Resolução nº 696, de 17 de maio de 2022, regulamentou a Telenfermagem no Brasil e estabeleceu regras para a atuação do enfermeiro em Saúde Digital. No cenário da atuação da Enfermagem perioperatória, um estudo mostrou que a prática de ligações telefônicas precoces no período entre 24 e 48 horas pós-alta pode melhorar a satisfação desse usuário e reduzir a busca por serviços hospitalares em decorrência da falta de assistência. Objetivos: Analisar a produção científica da área de saúde sobre o uso da Telenfermagem no período perioperatório. Métodos: Revisão sistemática, realizada em 8 bases de dados. Utilizou-se a metodologia do JBI para revisões sistemáticas de experiências e a recomendação da diretriz Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis registrado na PROSPERO (CRD42022366225). Resultados: Foram incluídos 13 estudos. Considerando as áreas de abrangência da Telenfermagem, segundo a Resolução nº 696, de 17 de maio de 2022, o telemonitoramento foi a modalidade mais realizada (n=12), e apenas um estudo realizou teleconsultoria. Dos onze ensaios clínicos randomizados, cinco (45,4%) foram considerados com baixo risco de viés; quatro (36,4%), como risco de viés incerto; e dois (18,2%), estudos com alto risco de viés. Considerações finais: O estudo evidenciou a escassez de produções acerca da Telenfermagem no contexto cirúrgico da realidade brasileira, subsidiando a construção de um protocolo de telenfermagem para pacientes submetidos a neurocirurgia. Observa-se um cenário promissor para atuação da enfermagem perioperatória e a relevância da atuação do enfermeiro. Assim, sugere-se a realização de novos estudos para evidenciar o impacto da atuação do enfermeiro perioperatório na Telenfermagem e potencial para melhoria da qualidade da assistência.