Introdução: a gestação é um acontecimento ilustre no ciclo de vida da mulher, ocasionando modificações hormonais, psicológicas, físicas que programam o organismo da mãe para a concepção de uma nova vida. As modificações são complexas e marcantes que variam entre as mulheres, podendo proporcionar anseios, medos e dúvidas. A assistência ao pré-natal deve ocorrer através da agregação de ações acolhedoras, além do desenvolvimento de condutas educativas e preventivas que permitam a detecção precoce de patologias e situações de vulnerabilidade gestacional. A população feminina indígena, culturalmente falando é diferenciada, o que exige elaborações de políticas que se adequem aos conceitos étnicos culturais. Objetivo: Identificar a demanda dos profissionais de saúde em relação ao conteúdo para material educativo voltado a gravidez, parto e puerpério, destinado a mulheres Indígenas da etinia Xerente. Método: Estudo de abordagem qualitativa, realizado com 5 profissionais de enfermagem que atuam nas comunidades indígenas Xerente. Foram realizadas entrevistas, com base em questionário semi-estruturado. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, sob o parecer nº 5.277.956. Resultados: baseado no questionário aplicado, foi levantado as especificidades das gestantes indígena durante o período gestacional e puerperal. Foi relatada a baixa adesão do sulfato ferroso e ácido fólico, a baixa ingestão de frutas e verduras e o alto consumo de arroz e refrigerantes. Ficou evidente a higienização precária do coto umbilical. De outro modo a vacinação se mostrou eficaz, bem como a amamentação exclusiva até o sexto mês de nascimento Considerações finais: o conteúdo do material pode favorecer as gestantes. e os profissionais na condução dos cuidados, contudo a adesão as consultas de pré-natal e consultas de retorno, bem como a interação e comunicação das pacientes gestantes com os profissionais de saude para que sejam mais eficientes.