Introdução: A inserção do cateter intravenoso periférico curto (CIVPC) é frequente em unidades pediátricas para administração de fluidos, medicamentos e hemoderivados. No entanto, ao longo de sua utilização podem apresentar complicações mecânicas, inflamatórias e infecciosas que comprometem a segurança do paciente, prolongam a internação e aumentam os custos hospitalares. Muitas destas complicações decorrem da ausência de conhecimento científico e habilidades clínicas dos profissionais de saúde, especialmente dos membros da equipe de enfermagem sobre a manutenção do cateter, durante sua formação acadêmica e profissional. Por isto, simular cuidados clínicos relacionados a manutenção de CIVPC desde a graduação pode contribuir com a aquisição de novos conhecimentos científicos, habilidades e competências para a futura prática profissional. A Simulação clínica corresponde o desenvolvimento de determinado cenário com apoio de um facilitador, na perspectiva de ensinar aos alunos de modo que se assemelhe com a realidade, relacionando então a teoria com a prática , permitindo com que se tenha mais segurança no desenvolvimento de atividades assistenciais em saúde. Objetivo: Relatar a participação em três cenários de simulação clínica da manutenção de CIVPC em crianças hospitalizadas. Método: Trata-se de um relato de experiência descritivo, vivenciado por estudantes de graduação em enfermagem de uma universidade pública da Bahia em abril de 2023 no Laboratório de Simulação de Práticas Avançadas em Terapia Intravenosa. A simulação teve duração de quatro horas e contou com prebriefing, simulação clínica dos cenários relacionados à manutenção, debriefing e avaliação. Resultados: Os estudantes participaram de dois cenários de simulação que abordaram a avaliação das condições do sítio de inserção do CIVPC (avaliação de sinais e sintomas, estabilização e cobertura do cateter com o Tegaderm) e necessidade de desinfecção ativa do conector sem agulha com álcool isopropílico 70% por 10 segundos e realização do flushing pulsátil com a seringa preenchida BD PosiFlush com 5 ml de Cloreto de Sódio 0,9%. No debriefing os estudantes relataram seus sentimentos ao simular os cenários, os aspectos aprendidos e como contribuiu para sua futura prática profissional. Conclusão:A simulação possibilitou a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências para a utilização de novas tecnologias utilizadas na manutenção do CIVPC, estimulando o raciocínio clínico dos estudantes.