INTRODUÇÃO: A Violência Obstétrica (VO) pode ser caracterizada por múltiplos aspectos envolvidos na assistência. Sendo as mais susceptíveis a esse tipo de violência, mulheres pobres, pretas, pardas e periféricas. Objetivo: Identificar os desafios e possibilidades dos cuidados de enfermagem frente a violência obstétrica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, realizada por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) mediante acesso às bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Cuidados de Enfermagem”, “Violência Obstétrica” e “Gravidez”, combinados com operador booleano “AND”. Como critérios de inclusão foram utilizados artigos disponíveis na íntegra, online, nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2018 à 2022, foram excluídos estudos que não abordavam a temática e artigos duplicados. RESULTADOS: Após aplicar os critérios de elegibilidade foram identificados inicialmente 45 estudos, onde 20 não contemplaram a temática. Realizou-se a leitura na integra de 25 pesquisas, das quais 10 foram incluídas. Observou-se, que as mulheres tem seus direitos e autonomia limitados e na maioria das vezes cedem a intervenções desnecessárias, podendo este ser o maior causador de VO. Todavia, os desafios encontrados pelos profissionais durante a assistência são significativos para a ocorrência desse tipo de violência, tendo em vista que lidam com uma grande demanda de usuárias devido a insuficiência dos órgãos de saúde, influenciando diretamente na comunicação e elo entre paciente e profissional, destacando assim, a necessidade de melhoria tanto da assistência, quanto da busca por avanços nos estudos, debatendo que a informação é um item essencial para esse processo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante que os profissionais de saúde tenham sensibilidade, e consigam garantir todos os direitos das gestantes a um bom atendimento com respeito, qualidade e dignidade, principalmente em um momento tão importante da sua vida. Portanto, é fundamental que esses enfermeiros promovam o empoderamento da mulher durante o parto, que possam lhe proporcionar segurança, oferecendo uma assistência de humanidade e de acolhimento durante todo o ciclo gravídico-puerperal, e que haja um entorno de saúde justo tanto para o cliente quanto para o profissional.