Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ESTOQUE DOMICILIAR DE MEDICAMENTOS PELA POPULAÇÃO: DADOS PARCIAIS
Relatoria:
An’na Flávya Pacheco Borjas e Costa
Autores:
- Janaina Berça Santos
- Izadhora Cardoso de Almeida Couto
- Vitória Luiza Amaral da Silva
- Helen Cristina Fávero Lisboa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O medicamento estocado nas residências, a chamada “farmácia
caseira”, pode desencadear agravos a saúde e favorece a automedicação, com
a reutilização de prescrições. Ademais, o acúmulo indiscriminado dos fármacos
em domicílio, a longo prazo, culmina na expiração do prazo de validade e o
descarte inapropriado. Ressalta-se ainda, que a manutenção das propriedades
dos medicamentos depende de sua estabilidade, que pode ser modificada por
fatores ligados ao armazenamento, como temperatura, luz, umidade entre
outros. OBJETIVOS: Analisar o conhecimento da população sobre o
armazenamento domiciliar de medicamentos. METODOLOGIA: Pesquisa
quantitativa, não experimental, exploratória e descritiva, composta por
cadastrados em unidades de Estratégia de Saúde da Família do município de
Rondonópolis (MT). A coleta parcial dos dados ocorreu entre Maio e Junho de
2023, utilizando como instrumento um questionário contendo perguntas sobre o
armazenamento de medicamentos em domicílio. Foram incluídas as pessoas
com idade igual ou superior a 18 anos que aceitaram participar da pesquisa
assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, respeitando as
condições éticas sob o parecer 5.983.01 (CAAE: 67304122.7.0000.0126).
RESULTADOS: Foram entrevistadas 69 pessoas, a maioria mulheres (75,4%),
solteiras (56,5%), que possui ocupação remunerada (52,5%), renda familiar de
até dois salários mínimos (50,7%) e que residem em casas com até 4 pessoas
(85,5%). Um quantitativo de 88,7% afirmou possuir medicamentos em casa que
são armazenados em caixas de papelão (37,7%), em armário destrancado
(42%), na cozinha (52,2%) e não costuma verificar o prazo de validade
(14,85%). Além disso, 53,6% dessa população não sabe se algum desses
medicamentos estocados em casa necessitam de refrigeração e que caso seja
indicado, manteriam na porta da geladeira (65,2%). CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Os dados parciais sugerem que a população não possui conhecimento
sobre a correta forma de armazenagem de medicamentos, adotando práticas
inadequadas que culminam em riscos de acidentes com crianças e idosos,
possibilidade de alterações significativas do fármaco e consequentemente em
sua ação, além favorecer a automedicação. Neste contexto é de grande
importância que o profissional enfermeiro e sua equipe possam através de
atividades de educação em saúde, promover o conhecimento à população
sobre a forma correta de armazenagem domiciliar de medicamentos,
minimizando os riscos da prática indevida.