INTRODUÇÃO: A vulnerabilidade se relaciona a um conjunto de aspectos individuais e coletivos relacionados à maior suscetibilidade de indivíduos a um adoecimento ou agravo. Nessa perspectiva, pensa-se nas pessoas privadas de liberdade como um público imerso em um contexto de vulnerabilidades que precisam ser valorizadas e discutidas para implementação de políticas públicas de saúde eficazes. OBJETIVO: Identificar as condições de vulnerabilidades individuais e sociais de mulheres em privação de liberdade ao acometimento do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e outas infecções sexualmente transmissíveis (IST). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, com busca na literatura feita em junho/2022, nas bases: umulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem online (MEDLINE), SciVerse Scopus, Web of Science e google acadêmico. Utilizou-se os descritores e palavras-chave, nas versões em inglês, português e espanhol: “Vulnerability” ou vulnerable ou “at risk” ; Women ou female; “prison women”; Prisoners ou or inmates ou criminals ou offenders ou incarcerated people; Sexually Transmitted Diseases ou sexually transmitted infections ou STI ou STD. Critério de inclusão: artigos primários completos publicados no contexto mundial. Critérios de exclusão: artigos de revisão, reflexão teórica e os que não se restringiam ao público feminino. Ao total, foram identificados 2.178 títulos. Após leitura de títulos e resumos, 101 foram selecionados. Excluíram-se 12 por repetição. 89 trabalhos foram lidos na íntegra e selecionados 37 para análise. RESULTADOS: Os estudos foram publicados entre os anos de 1991 e 2021, nos idiomas Inglês, Espanhol e Português. Como condições de vulnerabilidades individuais, foram identificadas: Uso/abuso de drogas lícitas e ilícitas, uso de drogas injetáveis, ter um comportamento sexual de risco, não fazer uso de preservativo nas relações sexuais, possuir múltiplos parceiros sexuais, realizar compartilhamento de seringas, vibradores e outros dispositivos eróticos. Como vulnerabilidade social: a exposição ao próprio ambiente prisional. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que apesar da mulher, de forma geral, poder estar imbuída em contextos que lhe expõem a vulnerabilidades individuais ao HIV e outas IST, o fato de estar em um ambiente de reclusão potencializa essa vulnerabilidade identificada.