INTRODUÇÃO: A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. O indivíduo portador pode transmiti-la através de relações sexuais desprotegidas, transfusão de sangue contaminado, ou durante a gestação e o parto. Há quatro estágios de manifestação da enfermidade: primária, secundária, latente e terciária. O diagnóstico ocorre através da realização de testes rápidos ou exames laboratoriais. Para a prevenção, recomenda-se o uso de preservativos de maneira adequada. OBJETIVO: Identificar o perfil epidemiológico Da sífilis adquirida no Estado do Piauí, entre os anos de 2020 e 2021. MÉTODOS: Trata-se de estudo epidemiológico e quantitativo, no qual utilizou-se dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, que dispõe de informações oficiais fornecidas pelo Ministério da Saúde, através do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis estudadas foram: faixa etária, sexo, raça/cor e escolaridade. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (frequência absoluta e relativa). RESULTADOS: Observou-se que entre os anos de 2020 e 2021, foram notificados 875 casos de sífilis adquirida no Piauí, sendo o maior registro em 2020, 586 casos (66,9%). Verificou-se predomínio de notificações em indivíduos na faixa etária de 20 a 39 anos, com um total de 488 (55,7%). O sexo masculino predominou entre as notificações, contabilizando 602 (68,8%) dos casos. Quanto à cor/raça pode-se observar maior registro entre indivíduos pardos, com 598 notificações (68,3%). Com relação à escolaridade, identificou-se 243 registros com informações ignoradas ou em branco (27,7%) e, ainda, que 299 indivíduos possuem nenhuma ou baixa escolaridade, o que corresponde a 34,2%. CONCLUSÃO: O Piauí apresenta um índice elevado de casos de sífilis adquirida, sobretudo, em indivíduos jovens, do sexo masculino, com baixa escolaridade e de cor parda. Destaca-se, portanto, a necessidade da realização de atividades socioeducativas a fim de discutir sobre a adoção de práticas preventivas.