INTRODUÇÃO: Muitos são os fatores que têm contribuído para a perpetuação da tuberculose (TB) no meio social, tornando-a uma doença de grande impacto na saúde pública do Brasil. Neste contexto, os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), definidos como fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde na população. Apesar da existência de uma política de saúde especialmente voltada aos povos indígenas, a incidência da TB chega a ser quatro vezes maior nessa população, principalmente na Amazônia brasileira. OBJETIVO: identificar as evidências científicas descritas na literatura sobre os Determinantes Sociais da Saúde da tuberculose na população indígena na Amazônia brasileira. MÉTODO: revisão integrativa conduzida entre os meses de março e maio de 2023 nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online via PubMed, Web of Science e Cumulative Index to Nursing and Allied Literature. Os descritores utilizados foram: Tuberculose, População Indígena, Determinantes Sociais da Saúde, Saúde Pública, Brasil e Amazônia, assim como suas respectivas versões em inglês e espanhol. Os critérios de inclusão foram estudos primários que abordassem a temática da TB em pesquisas conduzidas com a população indígena no território da Amazônia brasileira (2017 a 2022). RESULTADOS: Dos estudos incluídos (10), foi possível classificá-los em duas categorias temáticas distintas: (1) aspectos epidemiológicos da tuberculose na população indígena e os DSS na Amazônia brasileira e (2) iniquidades em saúde e as características sociodemográficas da população indígena com tuberculose. No que tange às ações para o controle da TB nas populações indígenas, dificilmente leva-se em conta a estrutura das equipes e investimentos adicionais. Também mostram que há limitações relativas à temática, demonstrando a importância de maiores estudos com essa população. CONSIDERAÇÕES FINAIS: os estudos mostram que existem iniquidades nos indicadores da TB nas populações indígenas, ampliando a necessidade de um debate sobre ações efetivas entre as autoridades sanitárias, profissionais da saúde e a participação das populações indígenas, com a proposta de remodelar e incorporar estratégias adequadas para o controle da TB entre as minorias étnicas brasileiras, levando-se em conta suas características e peculiaridades socioculturais.