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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS PSIQUIÁTRICOS RELATADOS POR POLICIAIS PENAIS DO CEARÁ
Relatoria:
Maria da Conceição Lima Paiva
Autores:
  • Cícero Mendes Siqueira
  • Alex Sandro de Moura Grangeiro
  • Michelle Steiner dos Santos
  • Walberto Silva dos Santos
  • Hellen Lívia Oliveira Catunda Ferreira
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Policiais penais são profissionais que realizam um serviço público de alto risco por meio do tratamento penal, da custódia e da vigilância de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Dados de uma pesquisa realizada com policiais em um Centro Socioeducativo mostraram que os problemas de saúde que mais determinaram afastamento desses profissionais pertenciam aos grupos de altos níveis de demanda psicológica. OBJETIVO: Descrever os principais diagnósticos psiquiátricos relatados pelos policiais penais do Estado do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa realizado nas unidades prisionais de todas as macrorregiões do Estado do Ceará nos meses de junho a agosto de 2022. A amostra foi composta por 344 policiais penais, sendo 265 do sexo masculino e 79 do feminino. No estudo foi investigado o perfil de saúde mental dos policiais. Os dados foram organizados e analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) v.23.0 para Windows®. Vale salientar que a pesquisa obedeceu aos preceitos éticos da resolução 466/12, sob parecer 3.921.161. RESULTADOS: Dos 344 policiais penais entrevistados, 92 apresentaram sintomas relacionados à saúde mental. Destaca-se a ansiedade como principal diagnóstico psiquiátrico, com 47,8%, seguido de depressão, com 22,8%. Síndrome do pânico (7,6%), estresse (3,3%), transtorno bipolar e síndrome de Burnout (2,2% cada), dentre outros, também foram citados, apesar de um quantitativo menor. Ressalta-se que a mediana do tempo de tratamento foi de seis meses, com mínimo de um mês e máximo de 90 meses. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados dessa pesquisa sugerem que as atividades laborais dos policiais penais podem representar maior risco para o adoecimento mental, fazendo-se necessário estratégias para minimizar esse risco, tais como cursos de formação acerca desses agravos, acompanhamento psicológico contínuo e preventivo para os profissionais e seus familiares e gestão com enfoque na melhora da qualidade de vida no trabalho.