Introdução: O vírus do Papiloma Humano (HPV) é responsável por umas das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no Brasil. A persistência dessa infecção pode levar ao desenvolvimento do câncer de colo do útero, doença com estimativa de 17.010 novos casos em 2023, representando o terceiro câncer mais comum nas mulheres no Brasil. Na perspectiva da imunoprevenção, o Sistema Único de Saúde disponibiliza, desde 2014, a vacina quadrivalente contra o HPV, abrange os sorotipos de 6, 12, 16 e 18, para adolescente na faixa etária entre 09 e 14 anos, impactando sobre o perfil de adoecimento da população. Objetivos: Destacar o impacto da imunoprevenção proporcionada pela vacinação do HPV. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, feita na base de dados do Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico, utilizando os descritores papillomavirus humano, vacinação e adolescentes, sendo selecionados somente estudos em português, no período de 2015 a 2023. Resultados: O Programa Nacional de Imunização recomenda a utilização da vacina contra o HPV, para meninas e meninos antes de iniciarem a vida sexual, o esquema vacinal recomendado consiste em duas doses, com um intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda dose e apresenta grande impacto na prevenção do câncer cervical, causado pelos tipos de HPV 16 e 18, além de prevenir contra câncer de vulva, vagina, pênis, ânus, orofaringe e verrugas anogenitais. Em estudos, o impacto direto das vacinas contra o HPV tem sido >= 90%, reduzindo significativamente o risco de lesões de alto grau associadas aos tipos de HPV 16 e 18, diminuindo a taxa de 164 para 2 em cada 10.000 mulheres. Além disso, independentemente do subtipo de HPV, a vacina também reduz as lesões de alto grau de 287 para 106 em cada 10.000 mulheres. Considerações finais: A vacinação contra HPV tem demonstrado grande impacto na redução da incidência das lesões intraepiteliais cervicais e do câncer de colo do útero. Para exercer seu potencial de imunoprevenção torna-se fundamental considerar cobertura vacinal, idade, número de doses e, principalmente, exposição prévia dos subtipos virais oncogênicos.