INTRODUÇÃO: A vacinação é considerada um dos métodos mais eficientes na prevenção de doença na infância que, por sua vez, reduz a mortalidade infantil. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização define e distribui os imunizantes que compõem o calendário básico de vacinação para infância. No início do ano de 2020, a pandemia da COVID-19 foi declarada pela Organização Mundial de Saúde uma emergência em saúde pública de importância nacional e afetou a rotina para seguimento do calendário básico, o que ocasionou atraso vacinal. Com isso, ao mesmo tempo em que o isolamento e a limitação na circulação de pessoas reduzem a transmissão do novo coronavírus e de outras doenças, a diminuição da cobertura vacinal pode colocar em risco a saúde de todos, especialmente a das crianças. OBJETIVO: Analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na cobertura vacinal em crianças. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão literária, utilizando como fonte de pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde, consulta de artigos das bases de dados LILACS e SCIELO, com uso dos descritores covid-19, vacinação e criança, tentando avaliar possíveis impactos na cobertura vacinal indicadas as crianças. RESULTADOS: A promoção do distanciamento social para o controle epidemiológico da COVID-19 foi associada a redução da frequência de crianças em unidades básica de saúde e, consequente, quedas na procura por imunizações. Com isso, crianças não receberam vacinas contra doenças erradicadas, gerando uma vulnerabilidade pela baixa cobertura vacinal de reintrodução dessas doenças. Durante a pandemia, entre os motivos para a menor adesão à vacinação estão a propagação de notícias falsas nas mídias digitais, promovendo a hesitação e a recusa vacinal. Essa situação trouxe desafios para a aplicação do Calendário Nacional de Vacinação, especialmente para as que tiveram suas vacinas atrasadas. CONCLUSÃO: A pandemia de COVID-19 agregou inúmeros desafios para seguimento do calendário básico de vacinação nas crianças, o que sugere a necessidade de ações estratégicas, tais como agendamento, campanhas de multivacinação e orientação dos pais/responsáveis. A garantia do acesso à vacinação infantil e, respectiva, ampliação da cobertura vacinal exige maior esforço e mudanças no processo de trabalho dos profissionais de enfermagem que atuem sala de vacina.