Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
RISCOS ERGONÔMICOS DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DE HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
DAVANICE BARBOSA DOS SANTOS
Autores:
- Adriana Meira Tiburtino Nepomuceno
- Lusia Balbino do Nascimento
- Rayana Pereira Feitosa
- Daiane de Queiroz
- Francilene Jane Rodrigues Pereira
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As unidades de hemodinâmica oferecem serviços de média e alta complexidade onde são realizados procedimentos diagnósticos e terapêuticos da cardiologia e radiologia intervencionista, cirurgia vascular, eletrofisiologia e neurologia. A equipe de enfermagem deste setor atua desde o preparo do paciente, assistência em sala de procedimento até a recuperação pós-procedimento. Além de estarem envolvidas em constantes atendimentos a pacientes críticos e em situações de emergência, as equipes estão expostas a grandes riscos ocupacionais que são capazes de afetar a saúde desses profissionais, citam-se ergonômicos, físicos, químicos, biológicos, de acidentes entre outros. Objetivo: Apresentar os riscos ergonômicos (REs) aos quais a equipe de enfermagem está exposta num setor de hemodinâmica e relatar como estes podem afetar a saúde destes profissionais. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em maio de 2023, por profissionais da equipe de enfermagem da hemodinâmica de um hospital universitário do Nordeste do Brasil. Resultados e discussão: Os REs neste setor envolvem situações como erguimento e transporte manual de peso; longa permanência no trabalho em pé; esforço físico intenso; postura inadequada, entre outras. Para atuar em sala de hemodinâmica é imprescindível a utilização de equipamentos de proteção individual com revestimento plumbífero (avental, protetor de tireóide e óculos) para proteção contra as radiações ionizantes, especificados na NR-32, entretanto estes geram sobrecarga física decorrente do peso (aproximadamente 9 Kg) e só devem ser retirados ao término do procedimento. Portanto, a sua utilização por si só acarreta em desgastes físicos causando fadiga, tensões e dores osteomusculares (principalmente lombares, cervicais, em ombros e em membros inferiores). Atrelado a isto, após os procedimentos é necessária a retirada do introdutor arterial seguida de compressão manual efetiva por período mínimo de 15 minutos com posterior realização de curativo compressivo, com o objetivo de evitar complicações hemorrágicas e/ou vasculares. Esse procedimento também gera sobrecarga física nos referidos profissionais, visto que para executá-lo é necessário manter-se em posição ortostática com pressão firme dos dedos de forma contínua por período prolongado. Considerações finais: Mostra-se fundamental a preocupação de criar medidas para preservar a saúde do trabalhador e de proporcionar melhores condições de trabalho.