INTRODUÇÃO: No ano de 2019, especificamente em dezembro, na cidade de Wuhan na China foram identificados os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Reputada como uma pneumonia grave de etiologia desconhecida, a doença se propagou rapidamente pelo mundo, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) referir como uma pandemia. Neste contexto, a enfermagem, considerada a categoria profissional que tem relação direta com o paciente, mostra-se necessária na assistência a prevenção e tratamento das lesões por pressão (LPP), aos pacientes que necessitaram de internação na unidade de terapia intensiva (UTI), por um tempo mais prolongado. A LPP é delineada como um dano na pele e/ou tecido mole subjacente, geralmente sobre proeminência óssea, ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou artefato, subdividindo-se em quatro estágios, e que tem como um dos métodos de avaliação a Escala de Braden, que trata-se de um instrumento de avaliação do risco de desenvolvimento de lesão por pressão em pacientes A equipe de enfermagem é comprometida com a integralidade do cuidado ao paciente, sendo assim, sua atuação na LPP reduz o tempo de permanência do paciente na unidade, o risco de complicações e consequentemente os custos para o hospital. OBJETIVO: Relatar a experiência da equipe de enfermagem na assistência a pacientes graves da UTI durante a pandemia da COVID-19, visando à prevenção de LPP. METODOLOGIA: Trata-se de estudo qualitativo descritivo, do tipo relato de experiência da atuação da enfermagem nos casos de pacientes graves durante a pandemia em um hospital público da Paraíba. RESULTADOS: A equipe de enfermagem dispõe de condutas para auxiliar sua avaliação e cuidados ao paciente grave. Através da aplicação da escala de Braden, em conjunto com a implementação do uso do relógio de decúbito (mudança de decúbito a cada 2h), percebeu-se repercussão na diminuição do surgimento de LPP nos estágios 3 e 4 nos pacientes da UTI em questão, e na redução do tempo de internação, visto que houve minimização das infecções graves nessas lesões. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os pacientes que apresentam complicações mais graves da COVID-19 e precisam ser internados na UTI, necessitando de um tempo de permanecia prolongado, se expõem ao risco de desenvolver LPP, sendo assim, os profissionais de enfermagem tendo relação direta no cuidado ao paciente, são primordiais na prevenção do surgimento e das complicações, bem como no tratamento da LPP.