INTRODUÇÃO: A dor sentida pelos recém-nascidos significa desconforto e sofrimento, sendo necessário ser validada, pois ela tem efeitos tanto a curto como a longo prazo no desenvolvimento do neonato. Nesse contexto, o uso de métodos não farmacológicos no alívio da dor possibilita conforto ao neonato bem como a diminuição do potencial de consequências desfavoráveis da exposição precoce à dor. OBJETIVO: Descrever a experiência de graduandas no contexto da assistência de enfermagem em neonatologia. MÉTODO: Relato de experiência, desenvolvido por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), acerca da atuação da prática de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) durante o internato em um hospital universitário no Município de João Pessoa - Paraíba. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Por se manterem junto ao RN grande parte do tempo de internação e serem os responsáveis pela maior manipulação e realização de procedimentos, a equipe de enfermagem deve ter conhecimento suficiente para avaliar e promover o adequado manejo da dor, adotando sobretudo os métodos não farmacológicos. A solução oral de glicose, sucção não nutritiva, aconchego e o contato pele a pele são os métodos mais utilizados para o manejo da dor no RN. A fácil aplicação, baixo custo e as evidências científicas quanto aos benefícios no alívio e prevenção da dor fazem desses métodos os mais utilizados na assistência em UTIN. A vivência durante o internato permitiu observar que a equipe de enfermagem está ciente de que os RN internados nas Unidades de Terapia Intensiva podem sentir dor mesmo durante a realização de atividades rotineiras de enfermagem. Além disso, percebeu-se que eles reconhecem os sinais de dor e desconforto no neonato e sempre que necessário, implementam as medidas de alívio da dor de maneira adequada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência vivenciada durante o internato possibilitou às estudantes constatar na prática da assistência de enfermagem as evidências que os estudos científicos trazem a respeito dos métodos não-farmacológicos para alívio da dor em neonatos. Observou-se ainda que a assistência realizada pela equipe de enfermagem era humanizada e fundamentada em evidências científicas. Desse modo, o internato possibilitou às internas a aprendizagem do conhecimento por meio da observação, análise crítica e atuação de forma prática.