Introdução: A malária é uma doença causada pelo hemoparasita do gênero Plasmodium, cujo vetor são as fêmeas do mosquito Anopheles, com ampla distribuição em todo o território brasileiro. Nas regiões do Brasil Extra-Amazônica, a malária é uma doença de notificação compulsória imediata com armazenamento pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A enfermagem possui papel central nos diferentes níveis de atenção à saúde, fazendo necessária a vigilância epidemiológica da doença para embasar a prática. Neste sentido, a divulgação de dados podem contribuir para a consolidação da literatura científica e para o planejamento e implementação de medidas de vigilância em saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da região Extra-Amazônica dos casos notificados de malária no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico descritivo baseado em informações sobre os dados do SINAN. A população estudada consistiu em todos os casos confirmados de Malária entre 2012 e 2022. Para a análise epidemiológica, os dados foram transportados para a plataforma Google Planilhas, sendo realizados cálculos de frequência absoluta, relativa e média. Os gráficos utilizados foram subdivididos em grupos para análise: casos confirmados por região de notificação, total de casos confirmados por ano com média e por resultado parasitológico. Em virtude de terem sido utilizados dados de domínio público, esse estudo dispensa aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Durante o período analisado, foram confirmados 6406 casos de Malária na região extra-amazônica, destes, 50% foram da região Sudeste e cerca de 20% da região Nordeste. Ademais, quanto aos anos de notificação, os que tiveram casos acima da média (n=582) foram 2012, 2013 e 2018. Em relação ao resultado parasitológico, predominaram os casos de P.vivax, n= 4158 (64,90%). Quanto à faixa etária, a que obteve mais casos confirmados foi de 20 a 39 anos, n=3025 (47,22%). Quanto ao sexo, predominaram os casos no sexo masculino com total de 4902 (76,52%). Conclusão: Na região estudada, a malária foi mais incidente na região Sudeste, em homens adultos. Assim como voltou a crescer depois de cinco anos estando abaixo da média, o que demanda uma maior atenção à região Extra-Amazônica e à doença em si, principalmente quando se trata do profissional de enfermagem que tem como papel a vigilância e cuidado à população vulnerável.