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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
A SOBRECARGA DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NA UTI COVID: UMA OPERAÇÃO DE GUERRA
Relatoria:
Mariana Crissângila Trigueiro da Silva
Autores:
  • Jordana da Silva Souza
  • Ana Luísa Gonzaga Ferreira
  • Camila Cavalcanti Vilela
  • Jocelly de Araújo Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A alta demanda de infectados com o vírus SARS-CoV-2, provocou um déficit de profissionais qualificados. Diante desse cenário, a contratação de trabalhadores da saúde se fez necessária, o que acarretou em uma sobrecarga laboral dos profissionais com experiência na UTI. Diante desse achado, vale ressaltar que a escassez de pessoas capacitadas é mais alarmante em momentos de disseminação em larga escala de doenças; visto que, ocasiona situação de tensão, que poderá influenciar negativamente na assistência prestada. Objetivo: evidenciar a sobrecarga de trabalho dos técnicos de enfermagem e seus reflexos no cuidado intensivo ao paciente covid-19. Método: É uma pesquisa qualitativa, de abordagem descritiva. O público alvo do estudo foi os técnicos de enfermagem que promoveram o cuidado ao paciente na UTI covid, em um Hospital Universitário. O período temporal para a coleta de dados compreendeu os meses de agosto de 2022 a fevereiro de 2023, em que foram entrevistados 25 profissionais. A análise dos dados se deu pela Técnica de Análise de Conteúdo. A pesquisa obedeceu aos critérios estabelecidos pela Resolução 466/12, sendo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, com o perecer nº 5.482.113. Resultados: Diante da velocidade da pandemia, os gestores tiveram que recrutar profissionais que não possuíam vínculo com o cuidado intensivo. Um técnico relatou a sobrecarga sentida pelo setor: “muitas pessoas que foram contratadas [...] não tinham nem experiência em UTI. [...] foi uma operação de guerra [...] não tinham experiência com o paciente, não sabiam praticamente nada. Então, meio que sobrecarregou quem já era do setor. [...] porque além da gente ter que prestar atenção ao paciente que já era em si muito grave e necessitava de um cuidado mais específico de toda a equipe [...], tinha mais de uma pessoa no plantão que não tinha experiência e a gente tinha que treinar essas pessoas [...]. Considerações finais: O ambiente potencialmente tensiogênico da UTI, corroborado pela falta de experiência de muitos profissionais admitidos no setor, gerou inquietação por parte dos profissionais técnicos de enfermagem, devido a atuação em condições evidenciadas como “operação de guerra”, favorecendo a sobrecarga de muitos desses profissionais, o que desencadeou o medo de provocarem erro na assistência. Desta forma, é preciso que as instituições implementem estratégias de capacitação prévia aos profissionais, a fim de se evitar potenciais desconfortos.