LogoCofen
Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
FATORES ASSOCIADOS AO BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19
Relatoria:
Bárbara Furtado Mandelli
Autores:
  • Alba Rejane Gomes de Moura Rodrigues
  • Danielle Mandelli
  • Francisco Wilson de Lemos Dantas Júnior
  • Mylena Ramos Gonçalves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Burnout é a síndrome do esgotamento profissional, caracterizada por um descontrole emocional associado à exaustão extrema, estresse e cansaço físico desencadeado por situações desgastantes no ambiente de trabalho. Objetivo: Identificar fatores associados à Síndrome de Burnout entre trabalhadores de enfermagem que atuam no enfrentamento da COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter integrativa. A busca dos artigos se deu por meio das bases de dados da plataforma SCIELO, através dos descritores “Burnout”, “covid”, “enfermagem”, com operador booleano AND. A partir da utilização dos descritores, foram selecionados 9 artigos, que utilizamos como critérios de inclusão, artigos completos, redigidos no idioma Português, publicados e indexados no período dos últimos 3 anos e como critérios de exclusão: trabalhos publicados fora do período estabelecido, em outros idiomas e artigos incompletos. Resultados: Observou-se que muitos são os fatores que contribuem para o adoecimento psíquico desses profissionais, sejam eles relacionados ao ambiente de trabalho, ao convívio social ou até do próprio profissional. Estão associadas cargas horárias abusivas, relacionamentos conflitantes e hierarquizados, competitividade, baixo apoio da gestão, má liderança, medo e incertezas com o futuro. Durante a pandemia, foi evidenciado que os profissionais da saúde foram submetidos a níveis consideráveis de estresse, na ânsia de cuidar do outro, o autocuidado torna-se omisso, reverberando na saúde mental decadente. Considerações finais: Necessário se faz dar visibilidade aos transtornos psíquicos, os quais vêm tomando amplo espaço no âmbito da saúde, sendo conhecidos não apenas por serem doenças “invisíveis”, mas sim, doenças que são verdadeiramente incapacitantes e que tem respostas fisiológicas físicas. Dessa forma, ações que visem à melhoria das condições de trabalho, como educação em saúde com o intuito de informar sobre os direitos do trabalhador, além de apoio intersetorial, principalmente o psicológico e psiquiátrico, o incentivo à prática de exercícios físicos, aliado a medidas que visem mitigar o estresse e promover o autocuidado, bem como o afastamento dos profissionais afetados, para reabilitação e reinserção no ambiente de trabalho, tornam-se medidas imprescindíveis para fortalecer as condições de saúde mental dessa população.