FATORES ASSOCIADOS AO ADOECIMENTO E MORTES DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM POR COVID-19 EM RORAIMA A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2. E a evolução dos casos no mundo levou a OMS a decretar pandemia em março de 2020. A COVID-19 é potencialmente letal e representa o problema de saúde pública mais grave do mundo nos últimos 100 anos, perdendo apenas para a gripe espanhola, que matou aproximadamente 25 milhões de pessoas entre 1918 e 1920. Em relação aos fatores de risco associados à infecção, é importante destacar que o uso de EPIs é fundamental para as medidas de proteção do profissional de saúde. Ressalta - se a necessidade de treinamento em manejo adequado de equipamentos, como processos de colocação e remoção de EPI, bem como treinamento de EPI no local de trabalho. Os fatores de risco relacionados à infecção pelo SARS-CoV-2 mais citados foram a escassez de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a sobrecarga de trabalho, o uso inadequado ou não uso de EPI e higiene inadequada das mãos. Durante a pesquisa realizada nas unidades de terapia intensiva HGR foi evidenciado a predominância do sexo feminino na categoria, cerca de 73,33% (n=11) dos profissionais que participaram são mulheres enfermeiras pós-graduadas com faixa etária de 30 a 42 anos, possuindo dois empregos, filhos e trabalhando na área a mais de 12 anos. Segundo os relatórios obtido pelo portal Observatório da enfermagem (COFEN, 2022) o perfil de profissionais mais suscetíveis a contaminação do coronavírus no estado de Roraima são mulheres entre 31 a 40 anos de idade, os casos de contaminação dessas profissionais chegaram a 80,74%, com uma taxa de letalidade dos casos de 4,64%. Entre homens a taxa de contaminação foi bem menor chegando a 19,26%. Os dados apresentam também que o número de óbitos por covid-19 de profissionais do sexo feminino (63,64%) foi maior que profissionais do sexo masculino (36,36%). Ao todo quase 400 casos de profissionais contaminados foram reportados pelo serviço de saúde ao conselho federal de enfermagem. Os dados das equipes de profissionais de saúde na linha de frente de atendimento de casos de COVID-19 mostram exaustão física e mental, dificuldades na tomada de decisão e ansiedade pela dor de perder pacientes e colegas, além do risco de infecção e a possibilidade de transmitir para familiares.