Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
LECIONAR NO PERÍODO DA COVID-19: DESAFIOS ENFRENTADOS NAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ENSINO DA ENFERMAGEM
Relatoria:
SIMONE SANTOS SOUZA
Autores:
- Mariane Teixeira Dantas Farias
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Em 2020, com a deflagração do estado de pandemia, decretado pela Organização Mundial de Saúde, foi necessário a reestruturação das instituições de ensino, inclusive nos cursos de saúde, a fim de atender as demandas das medidas sanitárias presentes. O ensino que até então era presencial foi substituído por um modelo híbrido ou totalmente a distância. Objetivo: Relatar a experiência de docentes durante o exercício do seu trabalho no período da pandemia de covid-19. Metodologia: É um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência que trata a experiência vivenciada por duas docentes do curso de enfermagem em 3 faculdades particulares no estado da Bahia. Este relato refere-se aos anos de 2020 a 2022, durante o estado de pandemia, no qual o ensino presencial foi substituído pelo remoto. Resultados e discussão: Com a suspensão das aulas presenciais, os centros formativos tiveram como desafio oferecer a continuidade do ensino de forma segura. Sendo assim, a estratégia utilizada foi a adoção de aulas através de aplicativos que viabilizavam o ensino remoto. Porém, os professores tiveram que se adequar as novas tecnologias de forma abrupta, sem oferta de treinamentos específicos, sem planejamento pedagógico. Em um ambiente permeado por demissões em massa, dentre as dificuldades encontradas pelos docentes, destacou-se a redução da carga horária das disciplinas, o que impactou tanto na qualidade de ensino quanto na programação financeira do profissional, gerando adoecimento mental, angústia e preocupações. Outra mudança aconteceu com as orientações de trabalho de conclusão de curso, que antes eram remuneradas, e após a pandemia o pagamento foi suspenso permanentemente. Nesse período, os telefones pessoais dos professores também foram disponibilizados para os alunos, com o pretexto de facilitar a comunicação com a turma. Sendo assim, o professor ficava disponível para o aluno 24 horas por dia. Outras atividades extraclasse (como orientação de iniciação científica e coordenação de liga acadêmica) também foram exigidas do professor sem nenhum tipo de pagamento ou disponibilização de carga horária. Neste mesmo contexto, as instituições de ensino não ofereciam nenhuma ajusta de custo para viabilizar o acesso do professor a internet. Considerações finais: Em um momento tenso, de incertezas, o docente teve que se adequar as novas demandas do modelo de trabalho, ao mesmo tempo que teve imensuráveis perdas financeiras e na qualidade de ensino.