INTRODUÇÃO: No Brasil, para cada paciente mantido em programa de diálise crônica, existe entre 20 e 25 pacientes com algum grau de disfunção renal, ou seja, entre 1,2 e 1,5 milhão de brasileiros com doença renal crônica em diferentes estadiamentos e em grande parte, ainda subdiagnosticados (ANDRADE, 2020). Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2022, o número de pacientes com doença renal crônica é crescente e, atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023). O aumento da incidência global da doença renal crônica é em torno de 8% ao ano, representando um problema mundial de saúde pública e no Brasil as principais causas da doença são hipertensão, diabetes mellitus e glomerulonefrite (ANDRADE; ANDRADE, 2020). OBJETIVO: O estudo tem como objetivo apresentar os dados quanto à mortalidade por DRC. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo, utilizando os dados do Ministério da Saúde disponíveis nos bancos de dados do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM), no período de 2018 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados foram coletados em maio de 2023 por discentes de graduação em enfermagem. No período analisado foram registrados 65.777 óbitos em pacientes renais crônicos, destes 30.460 na região Sudeste e 15.756 na região Nordeste. Segundo Andrade e Andrade (2020) as maiores proporções de óbitos entre 2008 e 2014, foram nas regiões Sudeste (49,59%) e Nordeste (21,50%), na qual identificou-se um aumento de cerca de 3,94% no período. Nerbass et al. (2021) estimam que no Brasil, o número bruto de óbitos no ano de 2021 foi de 33.101, já a taxa bruta de mortalidade anual diminuiu de 24,5% em 2020 para 22,3% em 2021. Os autores correlacionaram os valores identificados no período da pandemia de COVID-19 em 2020, que podem ter contribuído para este achado. A região do Brasil com a menor ocorrência de óbito foi a Centro-Oeste com 4.665 óbitos entre 2018 a 2021. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O volume de óbitos em pessoas com doença renal crônica é crescente e representa um grave problema de saúde pública, com impacto negativo para a qualidade de vida da população. Para retardar a progressão de doenças renais e reduzir as taxas de mortalidade no Brasil, deve-se investir em ações de promoção e prevenção em saúde, com ênfase na identificação precoce da doença renal crônica e implementação de medidas para o controle da doença.