Introdução: A violência pode ocorrer nas diferentes idades, porém a criança é o principal alvo de tais ataques, pois ela se encontra física e emocionalmente desamparada, dependente e vulnerável. Por tal motivo, o enfermeiro deve estar atento a tal situação, principalmente na atenção primária. Objetivo: Relatar a experiência de atividade realizada na ilha do Combú, localizada no estado do Pará, durante uma ação de educação e saúde referente ao mês alusivo ao combate do abuso e exploração sexual de crianças. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência descritivo da atividade desempenhada pela acadêmica do curso de enfermagem durante o estágio supervisionado obrigatório da grade curricular, em uma Unidade Básica de Saúde-UBS, localizada na ilha do Combú, na capital Belém, no estado do Pará sob a supervisão da enfermeira preceptora. Os dados pessoais dos usuários presentes no dia não foram coletados, sendo considerada apenas a execução da atividade realizada, bem como a abordagem utilizada para o repasse de informações. Para melhor compreensão do assunto pelas crianças houve a confecção de material visual, sendo este a imagem (desenhos) de dois bonecos: um sexo feminino e outro do masculino, além de um semáforo contendo as cores vermelho, amarelo e verde. A cor vermelha representava “não pode”, o amarelo significava “atenção” e o verde “pode”. Após a explanação sobre os principais tipos de violência (física, verbal e sexual), as crianças eram estimuladas a identificar os locais do seu corpo propícios ao toque, avaliando o grau de gravidade de acordo com as cores. Resultados: As formas de violência podem ser identificadas por seus aspectos mais comuns: física, psicológica, sexual. A violência sexual ocorre quando as vítimas são forçadas a manter relações sexuais com outra pessoa, por meio do exercício de poder, força física e/ou influência psicológica para conseguir o que desejam - um tipo dessa violência é o abuso sexual. Após a explicação foi notória a compreensão do assunto pelas crianças, uma vez que, estas conseguiam identificar os locais inapropriados, bem como os locais de alerta e os apropriados ao toque. Considerações finais: Assim, com a realização desta ação em saúde na UBS e uso dos materiais visuais, foi possível observar o quanto essa ferramenta potencializa as discussões em grupo acerca da temática proposta, evidenciando a construção de conscientização nas crianças fortalecendo assim seu conhecimento e estimulando o combate a tal prática.