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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
APANHA PORQUE GOSTA: VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NA PANDEMIA DE COVID 2019 NO BRASIL
Relatoria:
Yasmin Da Silva Franze
Autores:
  • Munyse Fernanda Rodrigues
  • Jakeline Souza dos Santos
  • João Gregório Neto
  • Thalia Candeias de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de uma em cada três mulheres em todo o mundo (35%) já sofreu violência física e/ou sexual por parte de um parceiro ou terceiro ao longo da vida, totalizando aproximadamente 736 milhões de mulheres. Essa violência muitas vezes começa cedo, com uma em cada quatro mulheres jovens (entre 15 e 24 anos) que estiveram em um relacionamento sofrendo violência do parceiro. Vários fatores aumentam o risco de violência, como baixa escolaridade, abuso infantil, exposição à violência familiar, consumo de álcool prejudicial, atitudes violentas e desigualdade de gênero. A maioria dos casos de violência é perpetrada pelos parceiros das mulheres, com 38% dos feminicídios no mundo sendo cometidos por parceiros masculinos. Durante a pandemia de COVID-19, houve um aumento preocupante na violência contra as mulheres. No Brasil, um levantamento realizado pelo Datafolha em 2021 revelou que 4,3 milhões de mulheres com 16 anos ou mais (6,3% do total) foram agredidas fisicamente com tapas, socos ou chutes. Isso significa que, a cada minuto, oito mulheres foram espancadas no país durante a pandemia. O objetivo principal desta pesquisa foi analisar através da perspectiva da bioética o impacto do período pandêmico na violência contra mulheres brasileiras. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e para o levantamento dos artigos foi utilizada a Biblioteca virtual de Saúde entre os anos de 2018 e 2023, através dos seguintes descritores: Violência contra mulher e COVID-19, definido pelo DESC. Foram encontrados 101 artigos e apenas 26 foram utilizados em síntese qualitativa. Em suma a violência contra mulher é um problema global enraizado na desigualdade de gênero e a pandemia da COVID-19 agravou a situação, deixando as mulheres mais vulneráveis, em vista disso os profissionais de saúde especialmente os da enfermagem, devem estar preparados para lidar com casos de violência contra a mulher.