Introdução: Em 1990, nos Estados Unidos da América, o médico Harold Freeman, do Harlem Hospital Center, desenvolveu o conceito de navegação de pacientes na área da saúde, com a finalidade de agilizar e facilitar o diagnóstico e tratamento dos usuários atendidos nos serviços de saúde. No Brasil, a navegação de pacientes iniciou-se em 2010, porém, são poucas as unidades de saúde que possuem o programa implantado. Objetivo: Descrever a prática de navegação de pacientes no panorama brasileiro, realizada por enfermeiros. Metodologia: Trata-se de uma Análise Documental de cunho etnometodológico que apreende os documentos como uma versão específica da realidade contextual construída com objetivos específicos. A coleta de dados ocorreu entre maio e junho de 2023 através do site oficial do Ministério da Saúde, impressos do Conselho Federal de Enfermagem, Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo e revistas científicas disponíveis eletronicamente. Os documentos foram analisados não como containers de informação, mas sim como dispositivos comunicativos. Resultados: A navegação de pacientes ocorre principalmente nos serviços de saúde que ofertam atendimentos aos usuários que estão em tratamento oncológico e nos portadores de doenças crônicas. Para tanto, os profissionais navegadores necessitam de experiência e conhecimento especializado, com a finalidade de direcionar o cuidado ao paciente, familiares e cuidadores, sendo o enfermeiro o profissional que mais realiza navegação, ou que a coordena. Essa estratégia aumenta a satisfação dos usuários e familiares pelo serviço, promovendo maior adesão ao tratamento e menor tempo de espera. Em se tratando da regulamentação, no Brasil, a prática é regulada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, através do Projeto OncoRede, que inclui a implantação, treinamento da equipe e indicadores do processo. Considerações finais: Considera-se que a navegação de pacientes realizada pelos enfermeiros é um método inovador e possui grande relevância, uma vez que, há maior celeridade no diagnóstico e adesão ao tratamento pelo usuário, o qual se sente mais protegido e envolvido no processo de cuidado.