INTRODUÇÃO: O grupo operativo é uma prática coletiva onde o principal fator desencadeante é a inter-relação entre os sujeitos, de modo a trocar experiências, ou seja, transformar ideias e instigar a subjetividade no olhar horizontalizado. O agente Comunitário de Saúde (ACS) por sua vez, necessita desse continuo aprendizado de forma horizontal, no que se refere a equipe e comunidade. OBJETIVO: Relatar a experiência sobre um grupo operativo de ACS em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS). METODOLOGIA: Relato de experiência de profissionais residentes sobre o grupo operativo de ACS realizado em UAPS. As reuniões aconteceram mensalmente no segundo semestre de 2022. Não havia critérios para a participação então todo profissional da UAPS poderia participar. Estas reuniões aconteciam a luz de Pichon-Rivière onde todos participavam e davam suas colaborações de acordo com um cronograma idealizado pelos residentes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação aos ACS, todos participaram de todos os encontros, em relação aos outros profissionais nem todos aderiram ao grupo. Os encontros aconteciam às sextas-feiras e duravam toda a manhã. A cronologia era sempre a mesma: dinâmica de grupo; exploração da temática pelos residentes; construção do conhecimento coletivo e encerramento com exploração do aprendizado. O cronograma da um “norte” para o grupo e foi bem aceito por todos os participantes. O foco era sempre a construção do conhecimento coletivo e para isso haviam balões com perguntas sobre a temática, sorteio para explanação e cartazes interativos. Os temas eram diversos: Comunicação interpessoal; trabalho em equipe; relação profissional; Infecções sexualmente transmissíveis; Doenças Crônicas não transmissíveis; Hanseníase e Saúde da Mulher. Ao final observou que todos os ACS falavam e tiravam suas dúvidas muitas vezes entre si, e isso traz a relevância do grupo operativo como ferramenta de conexão e construção de conhecimento. Ao final de todo grupo sempre havia a conversa sobre o que seria abordado no próximo encontro, e isso entrou como fator positivo e estimulante para os participantes. A troca de conhecimento é um fator relevante no trabalho em equipe, e principalmente quando se trata do ACS, que é o profissional que faz a linha entre equipe interna e a comunidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com isso, o grupo operativo se tornou uma ferramenta relevante para as relações Interprofissionais, trazendo toda a perspectiva do conhecimento coletivo e da troca de saberes.