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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ÓBITOS FETAIS NO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE 2017 E 2021: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Relatoria:
LAYLA ARAÚJO
Autores:
  • Denise Vieira Damasceno
  • Emily de Figueredo Pedrosa
  • Nicholle Akocayti Sábara Bezerra
  • Zildânya da Silva Barros
  • Jardeliny Corrêa da Penha
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O óbito fetal é a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, com peso ao nascer igual ou maior a 500 gramas. As causas desse agravo são muitas, como: malformação congênita, prematuridade, assistência sem qualidade durante o pré-natal, trabalho de parto e parto, dificuldades sociofamiliares, entre outras. Considerando que é possível o melhoramento da assistência e de outras ações que reduzam a mortalidade fetal, a ocorrência desse evento deve ser notificada pelo(a) profissional de saúde, o que permite o reconhecimento e a análise desse fenômeno em todo território brasileiro e nas suas regiões. OBJETIVO: Descrever o perfil de mortalidade fetal na região Nordeste brasileira, entre os anos de 2017 e 2021. METODOLOGIA: É um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo e quantitativo. Os dados foram coletados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, em junho de 2023, utilizando as seguintes variáveis: idade da mãe, tipo de parto, momento do óbito em relação ao parto (antes, durante ou após), duração da gestação e o local de ocorrência do óbito fetal. Os dados foram digitados e analisados no programa Excel, versão 2302. A análise descritiva envolveu frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: Nos anos 2017 e 2021, foram registados 49.328 óbitos fetais no Nordeste, sendo que a maioria foi de fetos de gestantes com idade entre 20 e 24 anos, 10.352 (29,9%); e nascidos de parto vaginal, 34.061 (69,0%). Quanto ao período em que o óbito fetal ocorreu, foi mais frequente o acontecimento antes do parto, totalizando 44.625 (90,4%), e entre 37 a 41 semanas de gestação, 12.412 (25,1%). E o hospital, 45.383 (92,0%) foi o local mais presente nas notificações como de ocorrência desses óbitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No Nordeste brasileiro há elevada notificação de óbitos fetais, o que configura um grande problema de saúde pública. Assim, é necessário que os(as) gestores(as) e os(as) profissionais de saúde, especialmente enfermeiro(as), realizem ações que melhorem a assistência durante o pré-natal, trabalho de parto e parto e reforcem para as gestantes e famílias a importância do comparecimento às consultas pré-natal, a fim de diminuir as condições que levem ao óbito fetal e/ou materno. Ademais, é fundamental a notificação adequada de todos os casos ocorridos para que melhor se conheça esse fenômeno, de modo a identificar as causas e enfrentar diretamente os determinantes relacionados.