INTRODUÇÃO: A sepse caracteriza-se por uma disfunção orgânica decorrente de uma resposta desregulada a uma infecção (SINGER et al., 2016). Alguns fatores associam-se a um pior prognóstico, como a imunossupressão (BOOMER et al., 2011). Assim, tem-se as Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV), que devido à redução das células de defesa, possuem mais chances para infecções oportunistas e internação hospitalar (NUNES et al., 2015), bem como quadros mais graves de sepse (SILVA JÚNIOR; SANTOS, 2013). OBJETIVO: Compilar estudos com a prevalência de sepse em PVHIV e a mortalidade em adultos vivendo com HIV em unidade de terapia intensiva (UTI). MÉTODO: Revisão integrativa da literatura realizada no período de setembro a novembro de 2020, em três bases de dados e uma biblioteca virtual: Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e a Scientific Eletronic Library Online. A pergunta norteadora foi “Qual a prevalência e mortalidade por sepse em PVHVI em UTI?” Para cruzamentos utilizou-se os descritores: HIV, Intensive Care Units, Mortality, Hospital Mortality e Sepsis, além do operador booleano AND. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, independente do ano de publicação. Critérios de exclusão: artigos repetidos e sobre neonatos, crianças e adolescentes. RESULTADOS: Foram incluídos 15 estudos, publicados entre 1998 e 2019. Os níveis de evidência foram IV (estudos de coorte e caso-controle) e VI (estudos descritivos ou qualitativos). Foram formuladas duas categorias: 1. Prevalência de sepse em PVHIV na UTI; 2. Mortalidade por sepse em PVHIV na UTI. A prevalência de sepse variou de 1,8% a 50,0%, enquanto a mortalidade por sepse variou de 25% a 68%, chegando a 93% dos casos em choque séptico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ainda há alta prevalência de sepse entre PVHIV em cuidados intensivos, sobretudo, quando trata-se de uma UTI especializada em doenças infectocontagiosas. As prevalências variam de acordo com os diferentes países, características das populações, bem como fatores individuais dos participantes dos estudos, como a adesão à terapia antirretroviral e às questões socioeconômicas.