Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que ocorre com aumento da expectativa de vida, e do número de pessoas idosas. Esse processo desencadeia desafios para as políticas públicas, incluindo a necessidade de ações que convergem com a Política Nacional de Humanização (2013) que destaca a importância do olhar humanizado de forma que contemple a individualidade, integralidade com estratégias que propiciarão bem-estar e desenvolvimento de habilidades para contribuir com prejuízos da senescência e senilidade. Assim, especialmente os enfermeiros das instituições de longa permanência para pessoas idosas devem ampliar o olhar do cuidado para ir além do assistencial, e ressignificar o processo de envelhecimento com integração, socialização, desenvolvimento da autonomia, capacidades físicas e mentais, empregando atividades lúdicas para diversão, de modo a contribuir para promoção, prevenção e recuperação da saúde. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem com atividade lúdica inclusiva para pessoa idosa com deficiência visual. Método: Trata-se de um estudo narrativo, descritivo e reflexivo, do tipo relato de experiência. As atividades são desenvolvidas pelo Projeto de pesquisa e extensão HumanizArte, que realiza ações humanizadas em saúde entrelaçadas com a arte em uma instituição de longa permanência para pessoas idosas do norte do Paraná, semanalmente desde fevereiro de 2023 com duração de duas horas desenvolvidas por graduandos de enfermagem acompanhados pela docente coordenadora. Contempla-se aproximadamente 35 indivíduos. A atividade em questão foi Massa de Modelar para trabalhar a coordenação motora fina e a criatividade com pessoa idosa deficiente visual. Resultado: Foi perceptível que a inclusão da pessoa idosa com deficiência visual nas atividades lúdicas estimula a autoestima, resgata memórias, proporciona alegria e esperança, além de exercitar a motricidade, contribuindo para melhora da qualidade de vida. Considerações Finais: Por meio da ludicidade adaptada é possível contribuir com o processo de envelhecimento e inclusão da pessoa idosa com deficiência visual, desencadeando sentimentos de igualdade, autoconfiança, desenvolvendo sua linguagem corporal e global, além da sensação de pertencimento por poder participar de momentos de lazer, com promoção e preservação da saúde.