Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DE MULHERES IDOSAS SOBRE O EXAME PAPANICOLAU EM UM MUNICÍPIO MARANHENSE
Relatoria:
Cícero Ferreira Dias
Autores:
- Tamara da Silva Sousa
- Breno Silva Torres
- Eulália Sipaúba de Sousa Araújo
- Francisca Mayra Brandão da Silva
- Dhyôvanna Carine Cardoso Beirão
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: O envelhecimento progressivo das mulheres faz com que grande número de idosas vivencie situações de agravos à saúde e ocorrência de doenças crônico degenerativas, dentre estas, o Câncer de Colo do Útero (CCU). Como medida preventiva, o exame Papanicolaou é o método mais utilizado, barato e eficiente na detecção precoce do CCU. OBJETIVO: Compreender os saberes e práticas de mulheres idosas acerca do exame Papanicolaou na prevenção do CCU em um município do interior do Maranhão. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo descritivo, com abordagem qualitativa exploratório, tendo como público-alvo mulheres com idade acima de 60 anos, cadastradas no Centro de Referência em Assistência Social de um município do Maranhão, com ausência de problemas cognitivos. A coleta de dados foi realizada entre 17 a 19 de dezembro de 2019 por meio de um questionário com perguntas pré-codificadas e abertas. As respostas foram descritas e analisadas quanto aos conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres idosas em relação ao exame preventivo. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 24 idosas com idade de 60-89 anos, viúvas (71%), aposentadas (92%), analfabetas (59%), e de baixa renda familiar (2-3 salários-50%). Observou-se que, a maioria nunca ingeriu bebida alcoólica (58%) e nunca fumaram (29%), além de não possuírem vida sexual ativa (83%). Ao longo da vida, essas mulheres tiveram de 2 a 4 parceiros (67%) e não se consideram saudáveis (50%), mas com relação ao autocuidado observou-se que 41% mantêm uma alimentação saudável e apenas 33% realizaram o exame mais de 3 vezes. O baixo nível de escolaridade observado, apresentou associação com a inadequação dos conhecimentos, atitudes e práticas para realização do exame, visto que não sabem o que são infecções sexualmente transmissíveis, não têm conhecimento sobre o exame Papanicolaou e nem sobre os cuidados que antecedem o exame, além de afirmarem que já ouviram falar sobre o CCU, no entanto, não sabem como preveni-lo e nem quais os fatores de riscos estão envolvidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A concepção dos saberes e práticas das mulheres sobre a prevenção do CCU permitiu perceber como idosas agem e pensam sobre as formas de proteção. O conhecimento e as práticas acerca do exame preventivo possuem baixa adequação. Contudo, é necessário que orientações relacionadas ao exame Papanicolaou sejam intensificadas, de modo a possibilitar uma sensibilização, a fim de que os saberes e práticas resultem em uma efetiva prevenção.