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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
Breno Silva Torres
Autores:
  • Cícero Ferreira Dias
  • Tamara da Silva Sousa
  • Francisca Mayra Brandão da Silva
  • Eulália Sipaúba de Sousa Araújo
  • Dhyôvanna Carine Cardoso Beirão
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: A violência contra as mulheres configura-se como um problema de saúde pública e de violação de direitos humanos caracterizada por qualquer ação ou omissão que possua como consequência danos físicos, sexuais, emocionais, morais ou patrimoniais. Os enfermeiros atuam diretamente no acolhimento e atendimento, por isso, devem estar preparados para atender os casos de violência, acolher a vítima e saber referenciá-las. OBJETIVO: Analisar a assistência e percepção dos enfermeiros frente às mulheres vítimas de violência doméstica nos serviços de atenção primária à saúde. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa exploratória. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a fevereiro de 2020 em 7 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em um município do interior do Maranhão, com 7 enfermeiros que possuíam experiência ou não nesse tipo de assistência, via entrevista semiestruturada. Posteriormente, as entrevistas foram gravadas e transcritas e analisadas de acordo com o método proposto por BARDIN. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 07 enfermeiros, destes, apenas 04 já prestaram assistência às mulheres que sofrem violência, e relataram que a violência física é a mais frequente. Os profissionais relatam que não possuem preparo técnico/teórico direcionado para realizar esse tipo de atendimento. Os enfermeiros que já prestaram assistência sugerem a realização de palestras, rodas de conversas e o auxílio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), pois podem contribuir na identificação dessas vítimas. Os enfermeiros que não prestaram esse tipo de atendimento não se sentem despreparados, apenas receosos, e confiam na equipe das UBS. Reverter os problemas psicológicos foi uma das dificuldades relatadas, enquanto as rodas de conversas e a parceria com os ACSs, já são estratégias utilizadas pelas UBS onde esses enfermeiros trabalham, como meio de identificação de possíveis vítimas de violência doméstica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados desse estudo alertam para a necessidade de intensificação das ações e planejamento de capacitações dos enfermeiros no atendimento às mulheres vítimas de violência. Nesse sentido, compreende-se que a assistência para essas mulheres deve centrar suas ações em sua maior parte no cuidado técnico, baseado em normas propostas pelo Ministério da Saúde, levando em consideração o cuidar na dimensão acolhedora e humana.