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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PAPEL DO ENFERMEIRO NA CITOLOGIA ONCÓTICA EM MULHERES LÉSBICAS E BISSEXUAIS E O ESTIGMA DA HETERONORMATIVIDADE
Relatoria:
Hilza Beatriz Barbosa de Sousa
Autores:
  • Francisca Flávia Campos Silveira
  • Lannaia Carlos de Lima
  • Maria Elane Ferreira de Sousa
  • Liz Marine Souza Sampaio
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
No campo da saúde no Brasil, é possível perceber diversos avanços com a construção de políticas públicas, fruto de pesquisas e reivindicações de movimentos sociais voltadas às demandas LGBT e/ou feministas. Neste sentido, as mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM) tiveram seus direitos reconhecidos a partir da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT). Sobre a Saúde da Mulher é primordial a realização do exame de colpocitologia oncótica, para detecção precoce de lesões pré-cancerosas, mas que também para realiza-se orientações relacionadas à saúde sexual e reprodutiva, ao qual é percebido profissionais que ainda invisibilizam mulheres lésbicas e bissexuais. Nesse cenário, questiona-se: como atuam os enfermeiros ao se depararem com pacientes lésbicas e bissexuais durante o exame ginecológico? O objetivo é analisar a assistência de enfermagem durante o atendimento ginecológico às MSM na literatura científica. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, nas bases de dados: Base de Dados de Enfermagem, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde via Biblioteca Virtual em Saúde. A amostra final para criação desta revisão foi composta por 6 artigos. Percebeu-se a dificuldade dos enfermeiros no acolhimento da população LGBT nos serviços de saúde, que negligencia o desenvolvimento de estratégias de prevenção e promoção de saúde, ínfimo esclarecimento sobre importância do exame e sobre educação sexual, além do parco incentivo a realização do citopatológico, que retarda diagnósticos patológicos em MSM¹. A falta de preparo para o planejamento familiar para gêneros homossexuais e bissexuais também pode refletir no tratamento às gestantes lésbicas, visto que em estudo realizado com 184 enfermeiras em Israel 83,2% tiveram atitudes desfavoráveis a estas mulheres. Concluiu-se que majoritariamente há obstáculos para a realização de um cuidado integral e holístico. Também foi observado a falta de conhecimento prévio e/ou interesse das necessidades dessas mulheres, dificultando o repasse de orientações pertinentes à importância do exame Papanicolau, IST 's e planejamento familiar. Desta forma, evidenciou-se a importância de um acolhimento humanizado, da capacitação dos profissionais para atender este grupo que deve ser pautada de maneira integralizadora às suas necessidades específicas.