Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma das principais síndromes de evolução crônica mundial, sendo o tipo 1, mais recorrente em crianças e adolescentes. Para o controle do DM tipo 1 é importante avaliar as variações glicêmicas ao longo do dia, fato possível pelo uso de um sistema de monitoramento contínua da glicose (CGM), que permite uma intervenção terapêutica mais eficaz, orientações de enfermagem especificas e o engajamento do paciente. Objetivo: Identificar as principais tecnologias utilizadas para o CGM em pediatria a partir das evidências científicas disponíveis na literatura. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa desenvolvida entre janeiro a maio de 2023. A seleção dos estudos foi realizada na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). As palavras utilizadas como descritores em saúde foram diabetes mellitus, glicemia e pediatria, sendo estabelecido como filtro o assunto principal, com seleção das opções: pediatria e automonitorização da glicemia. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos sobre CGM em pediatria e nos idiomas: inglês, português e espanhol; e, como critérios de exclusão: relatos de casos informais, capítulos de livros, dissertações, teses, textos não científicos e artigos científicos sem disponibilidade do texto na íntegra, processo que resultou em 8 artigos científicos selecionados. Resultados: A tecnologia mais utilizada em pediatria é o uso do sensor de CGM, que é portátil e fica conectado a um dispositivo na pele e mede em intervalos regulares e de forma automática a glicose do líquido intersticial e a transmite para um aparelho específico. Existem dois tipos, os que fazem a leitura em tempo real ou de forma intermitente. O CGM é capaz de diminuir a frequência e gravidade de hipoglicemia e da hiperglicemia pós-prandial, reduzir os casos de cetoacidose diabética e os níveis de hemoglobina glicosada devido ao acompanhamento adequado e diário. Considerações finais: O sensor de CGM é considerado um mobile health, área especifica da saúde eletrônica, apoiada pelo uso de tecnologias moveis e sem fio, que contribuem para o controle medicamentoso do DM e para nortear os próprios cuidados de enfermagem ao paciente com alteração glicêmica. Diminuir o desconforto e o medo nas crianças evitando punções recorrentes são benefícios importantes e o fator contrário para difusão dessa tecnologia seria a disparidade socioeconômica que pode dificultar o uso equitativo no nosso país.