Introdução: A reanimação cardiopulmonar (RCP) é a principal intervenção na parada cardíaca devido sua capacidade de manter a circulação, reduzindo o agravo celular pela falta de oxigênio até que as funções dos órgãos vitais se restaurem com a circulação espontânea. A American Heart Association (AHA) em suas diretrizes preconizadas, reforça a boa qualidade das compressões torácicas, restaurando a pressão de perfusão cerebral. Uma preocupação relatada pela equipe de saúde é que a vítima pode apresentar consciência durante a RCP. Com o avanço dessas condutas de RCP, surgiram relatos de comportamento em indivíduos sem pulso recebendo compressões, capazes de fazer movimentos intencionais durante a RCP, essa classe é chamada de Consciência Induzida pela RCP (CPR-IC). Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre os sinais comuns e condutas utilizadas em casos de consciência induzida pela reanimação. Metodologia: Trata de uma revisão sistemática da literatura que apresenta de forma detalhada artigos publicados, tendo como pressuposto: resumir, examinar e encontrar lacunas nas pesquisas existentes. Para a busca dos artigos utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde: Estado de Consciência, Reanimação Cardiopulmonar e Parada Cardíaca, em inglês e português nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scientific Electronic Library Online. Como critério de inclusão: trabalhos que correspondiam ao tema nos últimos 5 anos e exclusão: trabalhos duplicados. Resultados: Foram encontradas 76 publicações nos últimos 5 anos, 9 incluídas e 67 excluídas. Os estudos mostraram que de 23 mil vítimas de PCR pré-hospitalar, 0,23% apresentou CPR-IC, acredita-se que esta condição esteja associada à taxa de sobrevivência mais elevada. Os sinais transitórios de consciência, barulhos, movimentos propositais, resistência do socorrista com as manobras, abertura dos olhos, agitação psíquica durante os procedimentos e não resposta aos comandos verbais foram vistos. Embora nenhum protocolo específico tenha sido proposto na literatura encontrada para essa pesquisa pela AHA e Advanced Cardiac Life Suport, estudos recentes avaliam a necessidade de sedar o doente em casos de CPR-IC, com fármacos de propriedades amnésicas em baixas doses de ação. Considerações finais: A partir dos achados da literatura, se constata ausência de diretrizes claras no meio acadêmico, assim como condutas e tratamentos da CPR-IC permitindo que estes casos sejam relativamente pouco divulgados.