Introdução: Os transtornos mentais, notadamente a Depressão e a Ansiedade, tem se configurado como graves problemas de saúde pública. Sob essa ótica, entendemos que a educação em saúde, através da formação de grupos na atenção primária, pode contribuir para melhorar a saúde e qualidade de vida desses usuários, evitando complicações e surtos psicológicos ou ainda em casos mais graves o suicídio. Nessa conjuntura, a Terapia Comunitária Integrativa, (TCI) surge como um espaço de acolhimento que favorece a troca de experiências, principalmente por meio de técnicas como o processo circular, onde a vida e a vivência de cada paciente é valorizada. Objetivo: Relatar a experiência do grupo Ouvidos Amigos, sobre a promoção da saúde através da terapia comunitária integrativa, para pessoas com transtornos mentais. Metodologia: Estudo descritivo, desenvolvido na modalidade relato de experiência, elaborado a partir de vivencias em uma unidade básica de saúde no município de Santa Inês, Maranhão em abril de 2022. As rodas de terapia com os pacientes do território adscrito, eram coordenadas pelo enfermeiro responsável pela ESF, contando com a participação de profissionais da equipe NASF municipal (psicólogo, farmacêutico, educador físico, fisioterapeuta) e foram realizadas quinzenalmente, com duração média de uma hora e trinta minutos. Todas as conversas iniciavam com um texto reflexivo ou dinâmica de interação e após o acolhimento, temas como a importância da adesão ao tratamento psicoterapêutico, oficinas terapêuticas de relaxamento e controle da respiração, oficinas sobre o suicídio e sobre o poder da gratidão foram algumas das atividades realizadas. Resultados: Através das falas dos usuários, foi possível constatar que o grupo estava sendo importante para fortalecê-los emocionalmente, ajudando-os a criar vínculos com outros usuários que também sofrem das mesmas doenças, bem como oportunizou um novo olhar ao profissional enfermeiro no atendimento a essa clientela. Considerações Finais :A terapia integrativa Comunitária é uma ferramenta de baixo custo, eficaz, excelente para a educação em e saúde e que ao ser conduzida pela enfermeira da área que já conhece seu território, favoreceu a participação e a confiança dos membros em relatar assuntos muito das vezes delicados. As rodas de conversa dos ouvidos amigos permitiram um crescimento profissional e pessoal e a ampliação dos espaços a pessoas com algum transtorno mental.