INTRODUÇÃO: A política de atenção à saúde da população LGBTQIAP+ foi um importante marco para a integração dessas pessoas nos serviços de saúde. Com a obrigatoriedade de um acolhimento humanizado que respeite o ser humano de forma integral com toda a sua pluralidade, coube aos profissionais reinventar um modelo assistencial já proposto. A enfermagem exerce atividades de promoção de saúde e prevenção de agravos e, dentro do serviço do ambulatório trans, são responsáveis pela a realização do pré-operatório e pós-operatório tardio. OBJETIVO: Relatar a experiência das atividades de acadêmicos de enfermagem a um ambulatório de acolhimento a pessoa transsexual. MÉTODOS: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre as visitas ao ambulatório de acolhimento a pessoa transsexual, localizado dentro de um Hospital Universitário, na cidade do Recife - PE, durante as atividades da Liga Acadêmica de Enfermagem, Gênero e Diversidade - LAENFGD. Os ligantes que são acadêmicos de enfermagem, tiveram a oportunidade de acompanhar todo o funcionamento do serviço ambulatorial, participar das reuniões de planejamento, bem como da consulta de acolhimento realizada aos pacientes durante o processo transsexualizador. Durante a consulta o profissional de enfermagem acompanha o paciente nos períodos pré, trans e pós-operatório. RESULTADOS: As visitas realizadas permitiram a ampliação do conhecimento sobre o processo transsexualizador. Ver a atuação do enfermeiro dentro de um serviço ambulatorial com uma população tão específica amplia as possibilidades da prática profissional, mostrando que devemos estar preparados para atender as demandas populacionais em toda a sua diversidade. Foi possível perceber a necessidade de estudantes de enfermagem, como parte integrante da equipe do cuidado. Os conhecimentos adquiridos facilitarão aos envolvidos auxiliar e orientar pacientes que estão no processo transsexualizador. CONCLUSÃO: A partir da experiência relatada, verifica-se a necessidade da inserção de momentos de discussão sobre a temática desde os períodos iniciais da graduação, para a formação de profissionais enfermeiros que sejam facilitadores, a fim de minimizar possíveis condutas cisheteronormativas que impedem a construção do vínculo e continuidade do processo de cuidado às pessoas LGBTQIAP+. Bem como promover um cuidado ético e de qualidade, respeitando a diversidade sexual, de gênero.