Introdução: A pandemia da COVID-19 revelou-se uma grave emergência de saúde pública em todo o mundo. Nos serviços de saúde foi necessário desenvolver diversas ações de educação em saúde, fundamentais ao enfrentamento da doença, a partir da reflexão da realidade vivenciada, sobretudo orientando medidas de prevenção ao novo coronavírus, como o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s), o isolamento social, assim como as medidas de higiene pessoal e de ambientes. Essas medidas tem sido fundamentais para estimular mudanças comportamentais individuais e coletivas, no intuito de prevenir e controlar a transmissão viral e o contágio, reduzir situações de vulnerabilização, agravos e mortes evitáveis. Objetivo: Descrever as ações educativas e preventivas no enfrentamento da COVID-19 para usuários de uma unidade básica de saúde. Metodologia: este trabalho foi desenvolvido pela equipe da estratégia de saúde da família da unidade básica de saúde Monteiro de Moraes, em Fortaleza-CE, no período de março a setembro de 2021, por ocasião do acolhimento de pacientes sintomáticos respiratórios, a partir da sala de espera, com risco de agravamento, sinalizados pela equipe médica da unidade. Foi elaborado um protocolo próprio constando orientações individuais e coletivas, coleta de dados e teleatendimento através de vídeo chamadas de telefonia móvel e da ferramenta digital whatsapp. Resultados: As orientações preventivas incentivaram o uso obrigatório de máscaras, medidas de isolamento social, de higiene, assim como a abordagem sobre o controle da ansiedade, apoio psicológico de indivíduos e de familiares. Os sinais e sintomas que mais surgiram durante o monitoramento dos pacientes foram dispneia, tosse seca, ansiedade, medo e insegurança, em virtude das poucas informações sobre a doença e a eficácia duvidosa de tratamentos medicamentosos prescritos. O acompanhamento multiprofissional contínuo, seja presencial ou remoto, favoreceu esclarecer dúvidas sobre a doença, a busca ativa de novos casos em domicílio ou comunitários e o monitoramento da adesão ao isolamento. Conclusão: A experiência pode ser considerada exitosa e os pacientes acompanhados mantiveram adesão satisfatória às medidas de educação em saúde trabalhadas sendo percebida a diminuição do sentimento de impotência frente a COVID-19 e redução de danos e sequelas. Utilizou-se tecnologias leves do cuidado, de baixo custo, aplicável em outros serviços básicos de saúde.