Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES DE RISCO PARA O ADOECIMENTO MENTAL DA POPULAÇÃO QUILOMBOLA
Relatoria:
DIELLISON LAYSON DOS SANTOS LIMA
Autores:
- Maxmiria Holanda Batista
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A população quilombola é composta de pessoas negras, descendentes/remanescentes de cidadãos que se revoltaram contra o regime escravocrata-colonial. Formada por indivíduos que carregam um legado histórico e cultural, com valores éticos e morais, pautados em tradições e pelo respeito à ancestralidade. O adoecimento psíquico não ocorre de forma igualitária em todos os grupos sociais e a população negra e que apresenta condições socioeconômicas desfavoráveis, podem se tornar mais propensos a adoecer mentalmente. Objetivo: Descrever os fatores de risco para o adoecimento mental da população quilombola. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura do tipo narrativa e de caráter descritiva, realizada no 1º semestre de 2022, tendo como base a Biblioteca Virtual em Saúde. Utilizou-se a estratégia da busca avançada e o uso do operador booleano “AND” a partir dos descritores: quilombolas; saúde mental e fatores. Encontrou - se, portanto, 8 artigos, dos quais, após leitura de título, resumo e na íntegra, sem inserção de filtros, excluiu-se 4 manuscritos, pois não abordavam a saúde mental de forma direta e 1 trabalho por não estar completo, não conseguindo contato com os autores. Sendo assim, a amostra final do estudo foi composta por 3 artigos, visando assim, responder à questão de pesquisa: quais os fatores de risco para o adoecimento mental da população quilombola? Resultados: Os fatores de risco para o adoecimento mental de remanescentes quilombolas foram: ser do gênero masculino, vivenciar a necropolítica de gênero; padrão de masculinidade hegemônica, processos sociais de opressão, exploração, dominação, assujeitamento, silenciamento e colonização, racismo estrutural, baixo desenvolvimento social e baixa oferta de serviços de saúde, precariedade nas condições de vida e trabalho e insuficiência de serviços de atenção psicossocial, uso de álcool e outras drogas. O trabalho como fator de sofrimento (males no corpo, na mente e nas relações socioprofissionais) e a ausência de promoção de saúde mental. Conclusão: Sendo assim, é notável os inúmeros obstáculos que essa parcela populacional enfrenta, o que influencia no adoecimento mental. Tais fatores são suscetíveis de mudanças, o que reforça a necessidades de estudos dessa natureza, bem como das autoridades e sociedade civil desenvolverem estratégias de intervenção, garantido uma melhor qualidade de vida para os remanescentes quilombolas.