A Organização Mundial da Saúde(OMS)denominou como pandemia a disseminação comunitária da COVID-19 em todos os Continentes, em 11 de março de 2020, em Wuhan, China, sendo reportada pela primeira vez pelo escritório da OMS em 31 de dezembro de 2019.Desde aquele momento, a maioria dos governos teve que tomar medidas para minimizar os efeitos pandêmicos da doença, especialmente por meio do isolamento social, pois não havia perspectiva de se obter, a curto prazo, soluções mais efetivas como a obtenção de vacinas. Tal situação desencadeou a suspensão de aulas das redes oficiais de ensino no mundo todo, buscando-se a manutenção dos calendários escolares com uso de tecnologias que possibilitem processos de mediação de conhecimentos, ou seja, um enorme desafio aos profissionais em educação e às redes de ensino, pois, atuando na modalidade presencial, precisaram, agora, realizar o processo de ensino mediados pelas Tecnologias Digitais da Comunicação e da Informação (TDICs). Observa-se no caso brasileiro muitos fatores foram preocupantes: Entretanto, isso não foi diferente entre os estudantes de Enfermagem e para os professores. Os mesmos se sentiram despreparados para atuarem de forma integral neste cenário de pandemia. As principais fragilidades relacionadas aos estudantes foram: falta de equipamentos de proteção individual no cenário de prática; o seguro de saúde; a supervisão do preceptor; o desenvolvimento adequado de todas as competências necessárias para a conclusão do curso. Acrescenta-se também a diferença de acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC), dentre outras. Em relação ao professor, destaca-se, sobretudo, a questão relacionada ao uso e ao domínio das TIDCs em um curto espaço de tempo. Conclui-se que os desafios de longa data ficaram emergentes com a pandemia, e os processos de aceleração, alteração e paralisação marcaram a educação nestes tempos. Outrossim, aspectos de ordem epidemiológica, tecnológica e psicológica devem ser mais valorizados no retorno às atividades. Para a educação em enfermagem, há a emergência de tecnologias de interface que articulem o físico com o digital e que ampliem o debate, a troca de experiências, a interação, a reflexão e o pensamento crítico. O cuidado de enfermagem é presencial e indispensável. A formação de profissionais para cuidar de vidas humanas requer conhecimentos, habilidades e atitudes na integração ensino serviço-comunidade.