Introdução: O objetivo geral da pesquisa foi avaliar o impacto da violência urbana na qualidade de vida sob a perspectiva dos usuários da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro. Tem como objeto a violência urbana e seu impacto na qualidade de vida destes usuários, de acordo com os seus determinantes, vide as discussões desenvolvidas perante o aumento da violência, especificamente a armada, no cenário do Rio de Janeiro. Deve ser considerado, ao estudar a violência urbana que infere na qualidade de vida, o desenvolvimento econômico, social e tecnológico da sociedade. Método: Trata-se de um estudo descritivo, analítico, transversal de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados e depois comparados, com o objetivo de determinar convergências, diferenças e combinações. Foi realizado no período de junho de 2020 a agosto de 2020 na Região Integrada de Segurança Pública No. 1. O cálculo amostral foi realizado pelo teste binomial exato, valor de p de 0,05%, que resultou em uma amostra de 93 usuários da Estratégia Saúde da Família, que responderam a um questionário contendo informações sociodemográficas relacionadas a questões de violência, adaptadas da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e a avaliação da Qualidade de Vida através do instrumento WHOQOL-bref. Resultados: foram comparadas as medianas dos escores dos domínios: Físico, Psicológico, Relações sociais e Meio ambiente com as características e dados sobre a violência, denota-se as menores médias no domínio ambiente relacionando as piores percepções de Qualidade de Vida com condições de saúde associadas à territorialidade. Conclusão: os riscos e ameaças advindos da violência têm relação direta com as condições de vida nas cidades e as políticas públicas. As ações dos enfermeiros na comunidade devem estar associadas à sua inserção no contexto social e à educação em saúde.