Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
TENDÊNCIA DA COMORBIDADE TUBERCULOSE- DIABETES MELLITUS EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE DO BRASIL
Relatoria:
GIANA GISLANNE DA SILVA DE SOUSA
Autores:
- Alana Gomes de Araújo Almeida
- Lívia Maia Pascoal
- Leonardo Hunaldo dos Santos
- Floriacy Stabnow Santos
- Marcelino Santo Neto
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: o Diabetes Mellitus (DM) gera impacto nas taxas de tuberculose (TB) em alguns países, sobretudo naqueles com alta prevalência de DM, pois pacientes com DM têm duas a quatro vezes maior risco de desenvolver TB. Diante disso, o monitoramento da prevalência da comorbidade TB-DM torna-se uma estratégia importante para redução da carga de TB no mundo. Objetivos: identificar a prevalência e a tendencia da comorbidade TB-DM em um município do nordeste brasileiro. Metodologia: trata-se de um estudo de um estudo epidemiológico descritivo de séries temporais, realizado com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, relativos aos casos de TB associados ao agravo DM, registrados no período entre 2008 e 2019 no município de Imperatriz – Maranhão, coletados em novembro de 2019, junto ao Serviço de Vigilância em Saúde da Unidade Gestora Regional de Saúde de Imperatriz. Determinou-se a prevalência em valores percentuais da comorbidade TB-DM a cada ano, dividindo-se o número de casos de pacientes com a comorbidade pelo número de casos existentes de TB. E, ainda, a média e sua tendência para o período, calculada por meio da regressão de Prais-Winsten, foi determinado a taxa de incremento anual (TIA). Resultados: foram notificados 721 casos de tuberculose, dos quais 81 estiveram associados ao DM. A prevalência variou de 3,23% em 2014 a 19,51% em 2018, com média de 11,29% em todo o período avaliado. Observou-se aumento na prevalência da comorbidade no decorrer dos dez anos, visto que o percentual foi de 7,59% em 2009 para 19,51% em 2018. Além disso, a prevalência da TB-DM apresentou tendência crescente ao longo dos anos, com taxa anual de incremento de 21,6% (IC95% -27,3 - 103,3; R²= 0,0449; p = 0,048). Conclusão: observou-se que houve aumento na prevalência da comorbidade ao longo do tempo e que a média foi superior à média nacional, trazendo um alerta quanto à necessidade de estratégias de saúde direcionadas à assistência integral dos indivíduos com ambas as condições de saúde.