Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
TELECONSULTORIA EM ESTOMATERAPIA COMO FERRAMENTA DE APOIO À TOMADA DE DECISÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
Luciana Rosa Porto
Autores:
- Mariana Martins dos Santos
- Cristina Orlandi Costa
- Carolinne Vargas Attademo
- Patrícia Treviso
- Sandra Maria Cezar Leal
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: a teleconsultoria é uma ferramenta utilizada para auxiliar os profissionais de saúde nas dúvidas durante alguma ação, procedimento ou avaliação, no escopo da prática. Instituída no Sistema Único de Saúde, por meio do Programa Nacional Telessaúde Brasil em 2007 e reformulada em 2011, está disponível para todos os elementos da Rede de Atenção, em especial para a Atenção Primária à Saúde (APS). A teleconsultoria tem o potencial de descentralizar a atenção, fortalecer o vínculo, ampliar o acesso e a resolutividade e possibilitar a interação entre profissionais de saúde na construção conjunta de um plano terapêutico centrado na pessoa. . No cenário da APS há grande demanda de cuidados com feridas complexas, que necessitam da avaliação do especialista. Nesse campo, a Estomaterapia, especialidade exclusiva do enfermeiro que abrange o cuidado com estomias, feridas e incontinências, assume importante papel. A teleconsultoria em estomaterapia aproxima a especialidade das necessidades emergentes da APS. Objetivo: relatar a vivência do enfermeiro estomaterapeuta nas teleconsultorias de feridas. Metodologia: relato de experiência sobre a vivência do enfermeiro especialista, nas teleconsultorias para profissionais da APS sobre lesões de pele, em uma capital da região sul do Brasil. O acesso ao serviço é por meio de plataforma digital municipal. A avaliação é realizada por dois enfermeiros estomaterapeutas, em modalidade assíncrona. Resultados: a teleconsultoria no manejo de feridas complexas na APS foi implantada pela necessidade de atender os usuários com impossibilidade de deslocamento ao serviço ambulatorial e aqueles não elegíveis ao Serviço de Atenção Domiciliar. Com base na história clínica e fotografias das lesões, orienta condutas, determina a terapia tópica e as encaminha à unidade solicitante. No primeiro ano do serviço foram realizadas 412 teleconsultorias. A maioria dos acessos são para avaliação de lesões por pressão, úlceras venosas e amputações em decorrência do diabetes. Os profissionais solicitantes eram geralmente enfermeiros, mas há registros de solicitações de outros profissionais de saúde. Conclusão: a visão do enfermeiro estomaterapeuta favorece a qualidade do atendimento prestado, estimula o cuidado compartilhado, amplia o escopo de práticas dos enfermeiros que atuam na APS, contribui para educação profissional e consolida as redes de atenção.