INTRODUÇÃO Pacientes graves encontram-se mais suscetíveis para desenvolver lesão por pressão. Dentre os fatores de risco que podem acometer este grupo, a temperatura corporal e suas variações, são condições com potencial impacto para o aparecimento de lesão por pressão que devem ser considerados pelo enfermeiro. OBJETIVO Avaliar os componentes do diagnóstico de enfermagem (DE) Hipotermia em pacientes com risco de lesão por pressão. METODOLOGIA Estudo transversal, quantitativo e descritivo, desenvolvido entre fevereiro de 2020 a janeiro de 2021, com pacientes adultos internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital do nordeste. Os pacientes foram avaliados quanto ao risco de lesão a partir da escala de Braden e foram incluídos na amostra aqueles que apresentaram pelo menos risco leve. A coleta de dados teve início após a sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, sob o parecer 3.764.328. RESULTADOS A pesquisa resultou na amostra de 105 participantes, cujo a maior parte foram homens (61,0%), pardos (38,1%) e com idade igual ou superior a 60 anos (68,6%). O DE Hipotermia, esteve presente em 24,8% dos pacientes. Em relação as características definidoras, houve maior prevalência de Preenchimento capilar lento (33,3%), Taquicardia (28,6%) e Pele fria ao toque (22,9%). Enquanto que os fatores relacionados, estiveram mais presentes a Baixa temperatura ambiental (100%) e Inatividade (24,8%). CONCLUSÃO A influência da temperatura corporal no desenvolvimento da lesão por pressão é pouco explorada na literatura, no entanto o uso dos diagnósticos de enfermagem e os seus componentes amplia a análise de fatores que podem ser abordados pelo enfermeiro no plano de cuidados.